Alvaro Dias diz que CPI do Cachoeira ajudou no trabalho da Polícia Federal no cerco à Delta



A Operação Saqueador, da Polícia Federal, que apreendeu bens e sequestrou bens de Fernando Cavendish, dono da Delta Construção, e de outras dez pessoas, levou o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) a destacar, em pronunciamento nesta terça-feira (1º), a importância dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou as conexões de Carlos Cachoeira. Instalada no Congresso em abril de 2012, a CPI do Cachoeira foi instalada após a Operação Monte Carlo, que revelou ligações políticas e empresariais do bicheiro. A Delta era detentora de inúmeros contratos públicos, com a União e com vários estados.

Alvaro Dias disse que os oito meses de atividade da CPI e o documento protocolado junto ao Procurador Geral da República ajudaram no trabalho do Ministério Público e nas investigações da Polícia Federal.

- Quando esta Casa instalou a CPI do Cachoeira, as críticas foram constantes e reiteradas. Em que pese o fato de ter sido ela dominada politicamente, apresentou relatórios variados, relatórios paralelos, que permitiram à Polícia Federal dar prosseguimento as investigações - afirmou.

O senador salientou que a Operação Saqueador, deflagrada pela Polícia Federal em parceria com o Ministério Público Federal, aponta para o desvio de pelo menos R$ 300 milhões, que foram transferidos da Delta para empresas fantasmas. Foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, São Paulo e Goiás, envolvendo sede e filial de empresa de engenharia, Delta Construção e, o seu proprietário, Fernando Antonio Cavendish.

- Protocolamos ao final do ano passado, a representação que apontava os caminhos para que esta investigação através da Polícia Federal e do Ministério Público Federal pudesse ocorrer - disse o senador.

Alvaro Dias lembrou pronunciamentos que fez ano passado, apontando para o esquema de corrupção que partiria do governo federal para a Delta, seguindo para a empresa Alberto & Pantoja, empresa de fachada de Carlinhos Cachoeira e diversos outros "laranjas".

O parlamentar observou que falta agora descobrir qual a origem desses recursos, mas disse não ter nenhuma dúvida de que se trata de dinheiro público.



01/10/2013

Agência Senado


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