Alvaro Dias e Renato Casagrande prometem recorrer contra arquivamentos



Para os senadores Alvaro Dias (PSDB-PR) e Renato Casagrande (PSB-ES), o Plenário do Senado dever dar a palavra final sobre as representações contra o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), arquivadas pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar nesta quarta-feira (19).

Alvaro Dias informou que seu partido recorrerá da decisão do conselho de arquivar os processos envolvendo Sarney. Segundo ele, há indícios de sérias irregularidades e, por este motivo, cabe o recurso.

- É nosso dever recorrer e vamos recorrer - afirmou Alvaro Dias.

Casagrande lamentou a decisão do colegiado e voltou a afirmar que a instalação do Conselho de Ética deveria ter ocorrido no início do ano e não "no meio da crise" pela qual passa a Casa.

- Sarney só terá legitimidade com novo batismo. Se o assunto terminar agora, a ferida ficará mal cicatrizada. A decisão do conselho destoa da vontade da sociedade brasileira - disse o parlamentar.

Funeral 

Já o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) afirmou que o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado "está vivendo seu funeral", por entender que seus integrantes passaram a votar conforme interesses partidários, e não conforme suas consciências. Para ele, o exemplo mais claro disso foi a decisão do líder do PMDB, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), de orientar seus liderados a votar pelo arquivamento da denúncia contra o senador Arthur Virgílio (AM), feita pelo próprio PMDB.

Heráclito cumprimentou o senador Arthur Virgílio e responsabilizou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo desgaste do Conselho de Ética, ao pressionar senadores do PT a votar conforme os interesses do Palácio do Planalto no caso do senador José Sarney. Ele disse ainda que o PSOL, que sempre recorre ao conselho para denunciar senadores, não tomou qualquer medida contra a deputada Luciana Genro (PSOL-RS), que teria repassado passagens aéreas a que tem direito ao delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz, para que ele participasse de ato político.

- Não podemos ter uma ética para atacar os desafetos e outra para proteger os companheiros - afirmou Heráclito Fortes.



19/08/2009

Agência Senado


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