Alvaro Dias informa que governo de São Paulo não usa cartões corporativos



O vice-líder do PSDB, senador Alvaro Dias (PR), ao falar da tribuna nesta sexta-feira (8), em nome da liderança do partido, afirmou que o governo do estado de São Paulo não utiliza cartões corporativos. Segundo o governador José Serra, informou o senador, o estado faz uso de um sistema eletrônico para o pagamento de despesas cotidianas.

Ainda segundo Serra, informou Alvaro Dias, as secretarias com maior volume de gastos são a de Saúde, a de Educação e a de Segurança Pública. Na opinião do senador, tais gastos se justificam, uma vez que essas secretarias prestam serviços diretos à população e precisam manter maior estrutura de pessoal e viaturas. O parlamentar disse que a maior parte das despesas é relativa à compra de material de construção, de peças para automóveis e de suprimentos de informática.

O senador também informou que no governo de São Paulo cada cartão é emitido para apenas determinado tipo de despesa e não pode ser utilizado para finalidade diversa daquela para a qual é lançado. Para cada cartão, explicou ainda Alvaro Dias, é designado um responsável tanto pelas operações efetuadas com o cartão, como pela prestação de contas. Um servidor pode ser responsável por, no máximo, dois cartões, o que significa dois tipos de despesa, explicou.

Para a realização de gastos, informou ainda Alvaro Dias, é necessário que o órgão responsável faça uma estimativa prévia das despesas com cada tipo de compra. Se os valores previstos não forem utilizados em 30 dias, observou, são bloqueados automaticamente e devolvidos ao Tesouro do estado.

Alvaro Dias avaliou também que, apesar de os gastos com cartões corporativos do governo federal não serem considerados significativos se comparados ao montante do orçamento da União, o dinheiro público não pode ser utilizado de forma irresponsável.

- Obviamente, [os gastos] não são significativos, mas podem ser imorais, podem ser ilegais e desonestos. Afrontam a pobreza nacional, um desrespeito ao povo brasileiro. E é isso que nós queremos investigar. Não importa se a tapioca custa barato ou se o reparo da mesa de sinuca foi insignificante. É dinheiro público. O povo não pode pagar imposto para que o dinheiro, oriundo do imposto pago com tanto sacrifício, muitas vezes sem poder pagar, seja jogado pelas janelas da irresponsabilidade administrativa - ressaltou.



08/02/2008

Agência Senado


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