Alvaro Dias não crê em crescimento econômico impulsionado pelo governo
Do ponto de vista do crescimento econômico e da geração de emprego e renda, "elementos fundamentais em qualquer política econômica", o governo Luiz Inácio Lula da Silva apresenta-se desolador. A afirmação é do senador Alvaro Dias (PSDB-PR), para quem a ação governamental anda na contramão dessas expectativas, apesar de o presidente Lula e o ministro da Fazenda Antonio Palocci terem antevisto 2004 como o ano da retomada do crescimento.
Não bastasse a inexistência de um plano federal para impulsionar o desenvolvimento econômico do país, o parlamentar lamentou o corte de R$ 6 bilhões a ser efetuado no Orçamento Geral da União, medida cujo impacto negativo, na sua opinião, não ficará restrito ao setor público.
- Esse contingenciamento vai contagiar toda a cadeia produtiva - alertou.
Dados sobre a retração de alguns setores econômicos, e seus reflexos sobre o emprego e a remuneração dos trabalhadores, também foram levantados pelo senador tucano para reforçar seu descrédito em relação à recuperação da economia brasileira. Enquanto a produção industrial cresceu apenas 0,3% no primeiro ano da gestão petista, situação atrelada à elevação dos juros e à queda no poder aquisitivo da população, a indústria do cimento amargou uma queda de 11% em seus negócios em 2003.
Quanto ao mercado de trabalho, Alvaro Dias apontou uma elevação, no atual governo, de 51,7% no contingente de trabalhadores sub-remunerados, categoria que recebe menos de um salário mínimo por mês.
- Esse dados são reveladores da gravidade e do aprofundamento da crise social no país, situação que não pode permanecer ignorada pelo governo Lula - declarou.
09/02/2004
Agência Senado
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