Alvaro Dias: PEC paralela "aplaca consciências atormentadas"



O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) afirmou que a chamada proposta de emenda à Constituição paralela (PEC nº 77/2003) é -filha da esperteza política-.

- Ela foi o bálsamo para aplacar consciências atormentadas, especialmente daqueles que estiveram ao pé do palanque eleitoral do presidentes Lula - disse o senador nesta quarta-feira (10), durante a primeira sessão de discussão da PEC paralela, que trata de assuntos não contemplados na PEC proposta pelo Executivo para reformar a Previdência do setor público (PEC nº 67/2003).

Lembrando frase do ex-primeiro-ministro britânico Winston Churchill (-a promessa do candidato é o sepulcro do estadista-), Alvaro Dias afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta, agora, fugir da responsabilidade que assumiu, afirmando que a reforma não partiu de sua cabeça. Para o senador, as promessas do candidato Lula -foram sepultadas no debate da reforma da Previdência-.

Para o senador, a PEC paralela veio para -aplacar a consciência- dos que, mesmo discordando da proposta do governo, votaram a favor dela. Para a PEC paralela, disse, não há como votar contra.

A reforma da Previdência, de acordo com Alvaro Dias, não é a pretendida pela sociedade brasileira, mas sim -a reforma do governo, parceiro do FMI (Fundo Monetário Internacional)-. Para ele, a reforma -confisca benefícios auferidos por quem trabalhou para auferi-los, que pagou para obtê-las e agora terá de pagar mais-. Ele declarou ainda que o que causa mais surpresa e indignação no governo é sua postura desumana.



10/12/2003

Agência Senado


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