Osmar Dias manifesta dúvidas sobre PEC paralela



O senador Osmar Dias (PDT-PR) disse nesta quarta-feira (10) que ainda tem muitas dúvidas sobre a proposta de emenda à Constituição nº 77/2003, a PEC paralela da reforma da Previdência, e que só vai votar favoravelmente em obediência à orientação do seu partido. Ele disse que suas dúvidas são oriundas da declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que a reforma não é a -dos meus sonhos, é a da cabeça dos políticos-. - Não sei se a PEC 77 é a reforma da cabeça dos políticos ou a da cabeça do presidente Lula. Essa PEC 77 não é a da cabeça do Lula, não é dos parlamentares, que não gostaram dela, também não é a dos servidores e a dos aposentados. Essa PEC não é de ninguém. Por que vamos votá-la? Eu gostaria de aprovar a reforma que o Lula prometeu na campanha eleitoral - afirmou. De acordo com Osmar Dias, na melhor das hipóteses, a PEC paralela só será votada no Senado, em segundo turno, no próximo dia 19 e só em janeiro na Câmara dos Deputados, com convocação extraordinária do Congresso Nacional e desprezando todos os prazos regulamentares. Sendo assim, disse, não há por que votar a PEC paralela ainda em 2003.

Em aparte, o senador Eduardo Siqueira Campos (PSDB-TO) disse que, caso necessário, seria possível convocar extraordinariamente o Congresso Nacional para votar a PEC paralela em janeiro e -encerraríamos essa reforma-. O senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou que não tem dúvidas em relação à frase do presidente Lula, pois entendeu o que pretendeu dizer. Segundo Paim, a PEC 77 não é a reforma que o governo queria, -porque a PEC 67 está muito distante do que foi proposto na PEC paralela-. Ele também disse ser favorável à convocação extraordinária, para que se apresse a votação na Câmara dos Deputados.



10/12/2003

Agência Senado


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