Alvaro Dias protesta contra expulsão de jornalistas brasileiros de Cuba
O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) protestou nesta terça-feira (8) contra a expulsão, pela polícia cubana, de dois jornalistas brasileiros: Helena Celestino, do jornal O Globo, e Sérgio Rangel, do jornal Folha de S. Paulo. Segundo o senador, os jornalistas sequer conseguiram entrar oficialmente em Cuba e, diante da proibição de ingressar em território cubano, tentaram contato com o embaixador do Brasil, Tilden Santiago, que já sabia da viagem, mas foram informados de que ele se encontrava tomando banho.
- A polícia cubana, sem paciência com o banho do embaixador, expulsou os jornalistas brasileiros e justificou dizendo: 'a sua profissão está vetada aqui' - afirmou.
Dias criticou o "comportamento autoritário" do governo de Cuba e manifestou solidariedade aos jornalistas expulsos. O senador também saudou a nomeação de um novo embaixador para Cuba, o diplomata Bernardo Pericás.
Constituinte exclusiva
O senador disse que a idéia de se realizar uma constituinte exclusiva para fazer uma reforma política foi apenas uma manobra diversionista do presidente Lula. Alvaro Dias manifestou, no entanto, o desejo de que a conclusão da reforma política, aprovada pelo Senado, seja uma prioridade da próxima Legislatura.
Alvaro Dias ainda abordou os recentes ataques terroristas de quadrilhas em São Paulo. Ele disse que, se o ministro da Justiça diz publicamente que está amedrontado, "imaginem como devem estar amedrontados os outros brasileiros". O senador assinalou que, mais do que medidas rigorosas, é preciso restaurar a autoridade de quem governa.
O senador também comentou relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) que aponta falhas graves na vigilância sanitária. Ele lembrou da crise provocada pelo surto de febre aftosa nos rebanhos de gado brasileiro e disse que o governo continua omisso e ausente. Além da falta de pessoal especializado e treinado, prosseguiu o representante paranaense, o relatório aponta a precariedade da infra-estrutura de laboratórios e salas de análise dedicados a impedir a entrada de pragas e doenças.
- De uma previsão de investimentos de R$ 5,1 milhões em 2005, referente ao Programa de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), criado justamente para impedir a entrada de doenças no país, apenas R$ 1,2 milhão foi efetivamente realizado. Problemas sanitários e fitossanitários têm sido utilizados para impor barreiras não tarifárias aos nossos produtos lá fora - concluiu.
08/08/2006
Agência Senado
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