Álvaro Dias quer regularizar futebol como atividade econômica
O senador deseja que a nova legislação não permita que os dirigentes possam enriquecer à sombra dos clubes, descompromissados com o cumprimento da lei, sem nenhum risco de responsabilização civil e criminal, graças à impunidade sustentada pelas autoridades do país. Ele disse que essas autoridades não tiveram, até hoje, a competência de elaborar uma legislação capaz de dar cobro a tal irresponsabilidade.
Criada em setembro do ano passado para investigar irregularidades no futebol brasileiro, a CPI deverá contentar-se em oferecer um diagnóstico o mais próximo possível da realidade desse universo, foi o que admitiu seu presidente, após a realização de mais uma reunião da comissão.
- A estrutura administrativa dos clubes é a arquitetura da farsa. Conselho deliberativo é farsa, conselho fiscal é farsa. São instrumentos a serviço da mistificação, oferecendo a necessária cobertura para as atividades ilícitas que implicam crimes contra a ordem tributária nacional, contra o sistema financeiro nacional, proporcionando evasão de divisas, sonegação de cobertura cambial, lavagem de dinheiro, enriquecimento ilícito e apropriação indébita - afirmou Álvaro Dias.
Na reunião, foram ouvidos Hércules Santana, ex-conselheiro fiscal do Clube de Regatas Vasco da Gama, e Levi Lafetá, ex-advogado do atleta Bebeto e ex-conselheiro do Vasco, cujos depoimentos apontaram várias irregularidades cometidas pelo atual deputado federal e presidente daquele clube, Eurico Miranda. Álvaro Dias afirmou que, em função da arquitetura da farsa, não se chegará de forma absoluta à realidade do que ocorre no submundo do futebol brasileiro.
21/02/2001
Agência Senado
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