AMIR LANDO PROTESTA CONTRA VIOLÊNCIA EM RONDÔNIA E NO BRASIL
Uma série de assassinatos de políticos e policiais em Rondônia e a ameaça de morte ao arcebispo de Porto Velho, dom Moacyr Grechi, levaram o senador Amir Lando (PMDB-RO) a protestar contra a violência "que assola o estado e que, dia a dia, toma conta do país". Para o senador, o Brasil vive um estado de guerra não declarada devido não só à crise econômica mas, sobretudo, à uma crise moral que não consegue frear a violência.Embora a segurança pública seja garantida na Constituição, Lando disse que a situação brasileira chegou a um ponto em que quem quer ter segurança é obrigado a contratar um serviço privado, assim como quem deseja ter atendimento médico é obrigado a contratar um plano de saúde privado ou quem deseja estudar precisa se matricular numa escola particular.O senador Ernandes Amorim (PPB-RO), em aparte, disse que a solução para a violência de Rondônia passa por uma injeção de recursos do governo federal e pela criação de empregos, pois o estado está falido e nada pode fazer em relação à má qualidade da segurança pública. Amorim espera que os projetos do Plano Plurianual anunciado pelo presidente da República, tragam melhorias.A senadora Heloísa Helena (PT-AL) disse que alguns estados exigem que o Congresso Nacional estabeleça uma relação diferenciada com o governo federal. A senadora comparou as saídas para a população miserável utilizando como exemplo a criança que vende doces no semáforo. "O que é mais fácil para uma criança? Passar o dia todo no sol vendendo drops, ou cair na marginalidade, no tráfico de drogas, onde ela pode ganhar dez vezes mais?", questionou Heloísa.Amir Lando lembrou que o Banco Central interveio no Banco do Estado de Rondônia (Beron) quando a dívida era de R$ 50 milhões e, quatro anos depois, entregou o banco com R$ 560 milhões de débito, deixando para a população do estado uma dívida impagável. O senador pediu que o governo federal faça uma auditoria nessa dívida e devolva o que pertence ao povo do estado, principalmente às gerações futuras.O senador ressaltou ainda a "impunidade que vem de cima" e que dá mau exemplo para as camadas mais pobres da população. "Ladrões de galinha vão para a cadeia e os mais abastados conseguem escapar", resumiu. Lando pregou ainda a necessidade da retomada de valores éticos e a punição dos maiores responsáveis pela atual situação.
31/08/1999
Agência Senado
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