Amor pelos livros move bibliotecários da BSP
Profissionais da Biblioteca de São Paulo trabalham para despertar interesse pelos livros nos visitantes do local
Facilitar o acesso à informação. Essa é a principal função dos bibliotecários, cujo dia comemora-se nesta terça, 12 de março. A data foi instituída por decreto em 1980, por ser também data de nascimento do poeta, bibliotecário e escritor Manuel Bastos Tigre.
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Efemérides à parte, os bibliotecários nutrem em comum o amor pelos livros e pela leitura. Assim é Sueli Marcondes Motta, bibliotecária e diretora-interina da Biblioteca de São Paulo. Na profissão há mais de 20 anos, ela se orgulha de ter escolhido a formação. "Foi a decisão mais acertada que já tomei. É muito gratificante ver as crianças lendo, sentadas no chão, ser parada pelo público de alta vulnerabilidade que deseja ler um trecho de um livro para você", orgulha-se.
Sueli fala do trabalho como quem escreve poesia, soltando o riso na voz. "Apesar de a leitura não ser uma necessidade básica, ela alivia a alma. Sinto um alívio ao ver as cenas cotidianas aqui da Biblioteca de São Paulo", conta.
No espaço, os bibliotecários fazem mais que catalogar os livros e coloca-los à disposição dos "sócios", como são chamados os leitores cadastrados. Os cinco profissionais especializados preocupam-se em disponibilizar os títulos de forma atrativa e, mais do que isso, em dialogar com os visitantes.
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Biblioteca de São Paulo oferece muito mais do que livros
"A rotina dos bibliotecários consiste também em ouvir a comunidade, para compor o desenvolvimento do acervo junto aos usuários", explica Sueli. De acordo com a diretora, os bibliotecários também são incumbidos de "vestir" a biblioteca para os usuários. "Se temos um evento com Ignácio de Loyola Brandão, os livros dele precisam estar disponíveis", exemplifica.
Best-sellers
A diretora fala também da polêmica em torno dos best-sellers, tidos por alguns críticos como literatura descartável. "Os bibliotecários e o 'mundo que escreve' têm outra visão. Quando entra aqui criança lendo gibi é um começo, as literaturas [tidas como descartáveis] são introdutórias."
Ela acredita que o livro concorre com muitas mídias, como a Internet, por exemplo. Por isso a Biblioteca de São Paulo desenvolveu o projeto inovador de unir essas plataformas. "Se colocamos um DVD na prateleira, ao lado tem o livro no qual o filme foi baseado."
Somente em 2012, a Biblioteca emprestou mais de 80 mil livros. "Leitura é o nosso negócio", diz Sueli, que reluta em indicar um livro como seu favorito. "Adoro literatura americana, literatura russa, mas não posso deixar minhas raízes. Para mim, 'Olhai os lírios do campo', de Érico Veríssimo, é um livro maravilhoso, pois não há personagem como Eugênio."
SERVIÇO
Biblioteca de São Paulo - Parque da Juventude
(Av. Cruzeiro do Sul, 2.630, Santana - acesso pelo metrô Carandiru)
(11) 2089-0800
www.bsp.org.br
Do Portal do Governo do Estado
03/12/2013
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