Amorim diz que governo não compactua com as Farc e aposta em investigação do ataque no Equador



Ao final da reunião desta quarta-feira (12) da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, embaixador Celso Amorim, disse que reafirmava a posição do governo brasileiro contrária aos atos criminosos praticados pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), como seqüestros e narcotráfico. Ou seja, segundo Amorim, não nenhuma possibilidade de o governo compactuar com aquela organização, que abandonou um passado de ação política, "baseado em métodos questionáveis", em prol de ações criminosas.

- Não classificamos [formalmente] as Farc de grupo guerrilheiro, beligerante ou criminoso porque isso poderia atrapalhar nossas estratégias diplomáticas ou humanitárias - explicou o ministro, que foi convidado a falar na CRE sobre a atuação da diplomacia brasileira no recente conflito entre a Colômbia, o Equador e a Venezuela e também sobre os problemas enfrentados por brasileiros na Espanha.

Amorim disse que o Brasil aposta no diálogo como forma de se resolver a longo prazo os conflitos na América do Sul. No curto prazo, o Brasil pretende continuar afirmando o acerto das resoluções da Organização dos Estados Americanos (OEA) e do Grupo do Rio sobre os episódios e apóia a investigação que está sendo feita do ataque desferido contra guerrilheiros da Farc pela Colômbia em território equatoriano.



12/03/2008

Agência Senado


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