Ana Amélia apoia apuração de denúncias contra integrantes do PP




Em pronunciamento nesta segunda-feira (1°), a senadora Ana Amélia (PP-RS) falou sobre denúncias publicadas pela revista Istoé sobre corrupção no Ministério das Cidades. Segundo a revista, o ministério teria liberado pagamentos irregulares a empreiteiras que doaram mais de R$ 15 milhões ao Partido Progressista (PP), partido que comanda a pasta. Como integrante do partido, Ana Amélia disse considerar necessário investigar as denúncias, mas considerou convincentes as explicações do ministro das Cidades, Mário Negromonte.

Em nota, o ministro afirma que as empresas não são contratadas pelo ministério e que as verbas destinadas às obras em questão são aprovadas pelos estados e municípios. Segundo ele, os recursos são repassados a operadores financeiros, como a Caixa Econômica Federal, responsáveis pela liberação.

- Não tenho compromisso com o erro. Tenho compromisso com a verdade e com a ética. Espero que todos os fatos sejam esclarecidos - afirmou a senadora, que disse contar com a apuração por parte da Presidência da República para que se evitem injustiças.

Ana Amélia leu nota do senador Francisco Dornelles (RJ), presidente do PP, em resposta às denúncias. No texto, o presidente do partido reitera o apoio ao ministro das Cidades, Mario Negromonte, e declara que as doações de campanha ao PP obedeceram à legislação eleitoral.

A senadora também disse considerar prioritária a agenda da ética e da moralidade na gestão pública e elogiou a "faxina" promovida pela presidente Dilma Rousseff, após denúncias de irregularidades no Ministério dos Transportes.

- Eu me alio à iniciativa do senador Cristovam Buarque [PDT-DF] de criar um grupo de apoio à faxina para dar respaldo político à presidenta Dilma Rousseff no afastamento de servidores suspeitos de envolvimento em esquemas de corrupção - concluiu. 

Segundo semestre

A senadora também falou sobre o que considera desafios do Senado na retomada dos trabalhos após o recesso. Entre os temas citados pela senadora como importantes para este início do segundo semestre estão a votação do novo Código Florestal (PLC 30/11), a reforma política, a proposta sobre o novo rito de tramitação das medidas provisórias (PEC 11/11) e as discussões dobre a desindustrialização causada pela supervalorização do real frente ao dólar.



01/08/2011

Agência Senado


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