Ana Amélia destaca papel das redes sociais na mobilização popular



A senadora Ana Amélia (PP-RS) afirmou nesta quarta-feira (19) que os protestos que estão ocorrendo em várias partes do país comprovam que a era da informação mudou a lógica das reivindicações no mundo. A senadora lembrou os protestos no oriente médio, conhecidos como Primavera Árabe, e a eleição do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, como eventos relacionados às redes sociais.

Segundo a senadora, estudo recente do Pew Research Center constatou que as redes sociais viraram pontos de concentração política nos Estados Unidos. Quase 40% dos americanos adultos, de acordo com a pesquisa, se envolveram em atividades políticas na internet durante a campanha presidencial de 2012, quando Obama foi reeleito. A pesquisa também mostrou que as pessoas buscaram saber mais sobre os candidatos após acessarem as redes sociais.

- Aqui no Brasil, antes de ganhar as ruas, as manifestações dessa semana impactaram mais de 79 milhões de internautas, segundo monitoramento de uma empresa de São Paulo especializada em redes sociais. E há uma expectativa de que esse número aumente com as mobilizações previstas para amanhã – disse.

Ana Amélia afirmou sempre ter acreditado nas mobilizações pacíficas, como a campanha das Diretas Já e o movimento dos caras pintadas. Para ela, as reivindicações atuais são legítimas, e podem levar a mudanças no país. Os  atos de vandalismo cometidos por uma minoria, no entanto, foram condenados pela senadora.

- A violência e o atentado à vida, proporcionados por uma minoria, significam anarquia e total insegurança. E isso os brasileiros não querem, a sociedade não quer. A sociedade quer melhor: quer combater a corrupção, quer combater a inflação, mas não quer a violência neste momento – alertou.

Transporte

A senadora também registrou a realização de audiências públicas na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) para discutir o projeto que institui regime especial de incentivos para o transporte coletivo urbano e metropolitano de passageiros (Reitup). Na prática, o PLC 310/2009 autoriza o governo isentar de impostos como ICMS e ISS as empresas de transporte público, exigindo em troca a redução do preço das passagens.

- É preciso lembrar que o elevado preço das tarifas do transporte público foi o estopim das mobilizações – afirmou.

Em aparte, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) comunicou a decisão do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do prefeito da cidade de São Paulo, Fernando Haddad, de revogar o reajuste de R$ 0,20 na tarifa do transporte público de São Paulo. Com a decisão, o valor da passagem será de R$ 3. A decisão foi elogiada pela senadora.



19/06/2013

Agência Senado


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