Ana Amélia se diz preocupada com greve no setor aéreo
A senadora Ana Amélia (PP-RS) manifestou nesta terça-feira (11), em Plenário, sua preocupação com a possibilidade de greve de aeronautas e aeroportuários na próxima quinta-feira (13), caso não haja avanço nas negociações das categorias com as empresas aéreas. A greve é fruto da insatisfação dos trabalhadores com as demissões no setor e com as dificuldades nas negociações salariais deste ano.
Ana Amélia conversou com representantes do setor aéreo nesta terça-feira, em audiência pública promovida pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) para tratar da compra da companhia Webjet pela Gol e a consequente demissão de 850 funcionários em função desta incorporação. A audiência tratou também do aumento das passagens aéreas e da possibilidade de mais demissões com novas fusões que estariam prestes a ocorrer.
A senadora lembrou que caso se confirme a greve anunciada pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas, haverá inúmeros transtornos para os passageiros que procuram o transporte aéreo no final do ano, em sua maioria para passar as festas de Natal com seus familiares. Segundo ela, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) está intermediando as negociações, numa tentativa de sensibilizar empresas e sindicatos quanto aos impactos da greve neste final do ano.
- Eu preocupo-me muito com esse risco de haver a greve e gostaria mesmo - como senadora estou aqui à disposição - que se encontrasse, por meio da Anac ou da própria Secretaria de Aviação Civil, ligada à Presidência da República, com as companhias aéreas e o sindicado da categoria, um meio termo nessa demanda salarial - pediu.
Aerus
Ana Amélia também registrou a realização, na quinta-feira às 16h30, de manifestação no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre (RS), em protesto pela demora na solução para a questão dos aposentados e pensionistas do Instituto Aerus de Seguridade Social que, extinto, deixou de pagar os benefícios aos aeroviários aposentados pelo fundo. A senadora ressaltou que este será o sétimo Natal dos aposentados nesta situação e que esses trabalhadores recebem, em médio, 8,5% do que deveriam receber considerando suas contribuições na época de ativos.
11/12/2012
Agência Senado
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