Ana Júlia defende modernização de madeireiras
O investimento em pesquisa e em novas tecnologias foi apontado pela senadora Ana Júlia (PT-PA) como uma das saídas possíveis para a modernização da extração de madeira no Pará. Nos últimos anos, observou, o setor perdeu competitividade e produtividade, diminuindo sua importância no mercado consumidor mundial e na balança comercial brasileira.
- O setor não faz grandes mudanças no padrão de produção. Continua a convicção de que a atividade madeireira é transitória, o que impede o surgimento de um padrão sustentável de uso dos recursos florestais e de gestão empresarial. Não há estratégia de longo prazo de crescimento da empresa, de abertura de novos mercados, de ampliação e diversificação da produção - criticou Ana Júlia.
Segundo a senadora, a maioria dos empresários do setor se preocupa somente em assegurar que o mogno não seja colocado na lista da Convenção Internacional de Proteção de Espécies Ameaçadas. Ana Júlia afirmou que os madeireiros, com exceção da Associação das Indústrias Exportadoras de Madeira do Pará (Aimex), não têm buscado uma relação de confiança para o desenvolvimento de cooperação nas áreas de transporte, qualificação de mão-de-obra e competência tecnológico-administrativa. Atualmente, informou, 40% da capacidade máxima das serrarias está ociosa.
O aumento do grau de processamento dos resíduos da produção é indicado pela senadora como uma solução para o setor. Ela narrou a experiência de uma empresa de Paragominas (PA), que acoplou um forno de alta temperatura para queimar resíduos a um gerador de energia e investiu no reflorestamento de espécies de crescimento rápido. Da mesma maneira, ela registrou que outras empresas estão em processo de adequação às normas para certificação de manejo florestal sustentável. -Esse é o caminho-, apontou.
25/04/2003
Agência Senado
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