Ana Júlia pede aprovação da nova Lei de falências com privilégio a trabalhadores



A senadora Ana Júlia Carepa (PT-PA) defendeu nesta quarta-feira (11) a aprovação urgente do projeto da nova lei de falências (PLC 71/2003), atualmente em debate na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Segundo ela, embora imperfeito, o projeto traz inovações importantes que permitem a manutenção das atividades da empresa em dificuldade e a diminuição dos riscos para os credores e os empregados.

Na opinião de Ana Júlia, o ideal é que ao em vez de se promover a falência da empresa, com a destinação do dinheiro apurado aos credores, o negócio possa seguir em frente, evitando danos à economia e aos empregos. Ela lamentou, no entanto, que, na hipótese de falência, o texto não garanta o pagamento dos direitos trabalhistas em primeiro lugar. Mesmo dando preferência aos empregados, o próprio projeto abre a possibilidade de que credores privados acabem se beneficiando desse privilégio.

- Ainda que se reconheça a necessidade de aumentar as garantias aos credores no intuito de contribuir para a redução dos spreads dos bancos, nada justifica o afastamento dos trabalhadores da posição de credores privilegiados. Felizmente o relator da matéria garantiu que os empregados virão em primeiro lugar - disse a senadora, ao pedir mudanças no projeto, que, se em vigor, já poderia ser utilizado para resolver o problema da Parmalat.

Conforme a senadora, é pertinente a sugestão de que seja estabelecido um limite para o pagamento preferencial das pendências trabalhistas nos processos falimentares, o que garantiria o tratamento preferência. Em aparte, o senador Ramez Tebet (PMDB-MS), presidente da CAE e relator da matéria apoiou o discurso da senadora.



11/02/2004

Agência Senado


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