Andres diz que declarações de Ludwig confirmam quebra de hierarquia



O presidente da CPI da Segurança Pública, deputado Valdir Andres (PPB), garantiu que o depoimento do ex-comandante da Brigada Militar, coronel Roberto Ludwig à Comissão na audiência de hoje (13/8) confirma a quebra de hierarquia nos órgãos da Segurança Pública do Estado. "As declarações do ex-comandante evidenciam que houve indisciplina, quebra de hierarquia e intromissão do secretário da Justiça e da Segurança, José Paulo Bisol, nas ações do Comando da BM", disse o parlamentar. Ludwig atribuiu sua saída do Comando-Geral à ingerência da Secretaria da Justiça e Segurança nas suas ações e divergências conceituais com o secretário José Paulo Bisol. "A nossa visão era divergente e isso obrigou o Governo do Estado a tomar uma decisão a pedido do secretário e sua equipe", declarou. O coronel informou que está processando o secretário José Paulo Bisol. Sobre a destruição do relógio dos 500 anos, o Coronel disse que cumpriu com sua obrigação de abrir o inquérito para apurar o episódio. "Fiz o que pude fazer, agora a Justiça Militar vai analisar o caso". Febem No início da tarde, a CPI ouviu a presidente da Febem, Ana Paula Mota da Costa sobre a atuação da BM na Febem. Ana Paula informou aos parlamentares que desde outubro de 1999 um efetivo de 70 policiais militares tem a função de dar custódia, atendimento e segurança aos 60 internos do Centro jovem Adulto (CJA), unidade da Febem localizada em Porto Alegre. Ela explicou que a presença da BM é uma necessidade para garantir a estabilidade da unidade. Nos anos de 97 e 98 aconteceram inúmeros motins no CJA. A presidenta da Febem comunicou que está em planejamento a saída gradativa da BM e a extinção do CJA. Valdir Andres considera exagerado o número de 70 policiais para dar segurança a 60 internos. "Compreendemos a dificuldade de manter a ordem entre os jovens, mas é descabido essa quantidade de policiais na Febem". Na próxima quinta-feira (16/8), a partir das 12h, a CPI ouve os responsáveis pela segurança privada da Brigada Militar, tenente-coronel Adão Carlos Polônia Lemos, e da Polícia Federal, delegado Antônio Carlos Carvalho.

08/13/2001


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