CPI : Depoimentos confirmam que Clube de Seguros é laranja, diz Andres




O presidente da CPI da Segurança Pública, deputado Valdir Andres, disse que os depoimentos prestados hoje (01) à Comissão reforçam as provas de irregularidades no Clube de Seguros da Cidadania.

Os depoentes negaram que as doações à entidade tivessem a finalidade de compra da sede estadual do PT, como consta em recibos emitidos pelo Clube. "Está mais do que provado que esta é uma entidade de fachada, laranja, sem qualquer compromisso social", declarou.

O representante legal da Sabemi Seguros e ex-presidente da Associação Municipalista do Brasil (Ambras), Antonio Túlio Severo, revelou que a associação repassou em 1998 R$ 50 mil em cinco parcelas diretamente a Daniel Verçosa - um dos diretores do Clube - como adiantamento de despesas para a implantação de um projeto de seguro escolar, o Proeduc. "A Ambras e a Sabemi teriam participação nos lucros. Se soubesse que o dinheiro era para a compra da sede, certamente não haveria a doação. Fui traído e enganado", afirmou.

A diretora administrativo-financeira da Ambras e irmã de Severo, Eda Schröeder, confirmou que a associação não tinha propósito de doar recursos para o Clube da Cidadania. Ela considerou normal os recibos passados em nome da entidade, já que Daniel Verçosa seria parceiro do Proeduc.

A advogada Rejane Brasil Felippi confirmou a doação de R$ 1,9 mil ao Clube da Cidadania em 1998, mas apenas com o objetivo de auxiliar projetos na área assistencial, e não para compra da sede do PT Estadual. "Fui movida pela palavra cidadania, mas agora vejo que nada disso era verdade", desabafou.

Diógenes

Na próxima segunda-feira (05/11), depõem, a partir das 10h, Daniel Verçosa e o outro diretor do Clube de Seguros, Diógenes de Oliveira.


11/01/2001


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