ANTONIO CARLOS COBRA PROVIDÊNCIAS URGENTES CONTRA VIOLÊNCIA



O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães classificou o episódio do seqüestro de um ônibus no Rio de Janeiro, com a morte do seqüestrador e de uma refém, como "um sinal muito triste da vida no Brasil". Em entrevista concedida na manhã de hoje (dia 13), o senador afirmou que a sociedade está cansada e pediu providências urgentes ao governo para aumentar a segurança da população, observando que o povo não agüenta mais conversas e estudos enquanto não é feito nada de concreto para solucionar o problema da violência.
No entender de Antonio Carlos, do que jeito que está não pode continuar. Ele voltou a defender o uso das Forças Armadas no combate à violência urbana, lembrando inclusive que o comandante do Exército chegou a admitir essa hipótese em entrevista à imprensa. Se o governo não quiser usar as Forças Armadas, observou, que apresente uma outra alternativa. "Alguém tem que fazer alguma coisa, o governo que diga o que vai fazer; se não é o Exército, então o que é?", questionou.
- Ficar culpando as Polícias Militares, o Garotinho (governador do Rio de Janeiro), ou amanhã o governador do Paraná ou de São Paulo, não vai resolver nada, aí é que vai agravar - destacou o presidente do Senado.O senador avaliou a ação da PM carioca, no episódio do seqüestro do ônibus, como "lenta". Ele disse que o ministro da Justiça deveria ter-se deslocado imediatamente para a capital fluminense, para acompanhar de perto o desenrolar dos acontecimentos, contando com assessoria direta da Polícia Federal. Para o senador, "ficando tudo assim como está, sem providências concretas, as autoridades amanhã vão pagar um preço alto".
Antonio Carlos disse que não pretende culpar o governo na questão da violência e concorda com o presidente Fernando Henrique Cardoso, quando ele prega que as "veleidades" sejam colocadas de lado na busca de soluções. Ele disse aceitar a sugestão do presidente da República, mas entende que as veleidades devem terminar também no governo, onde "são muito grandes".
Na opinião do presidente do Senado, "falta decisão" na definição de ações concretas para melhorar as polícias e reduzir o nível da violência urbana no país. Ele propôs que as Forças Armadas tenham contingentes mais reduzidos - já que o país não pretende "invadir a Casa Branca, o Pentágono ou a Europa" - com o conseqüente aumento no efetivo da Polícia Federal. E lembrou que há muito vem falando sobre o tema, mas até agora o governo não chamou o Congresso para participar dos debates e da busca de soluções para a violência.
O presidente do Senado revelou, inclusive, que acaba de receber um amplo estudo sobre a questão, elaborado por um de seus assessores. Ele criticou, ainda, a lentidão do próprio Congresso Nacional, que há anos examina legislações importantes para aprimorar o combate ao crime e à violência sem chegar a uma decisão. "Nós temos que acelerar aqui a tramitação de algumas leis para dar base ao governo para agir também. Temos um mea culpa a fazer pois esse trabalho poderia estar mais adiantado", afirmou.

13/06/2000

Agência Senado


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