Antonio Carlos pede a Lula que demita o presidente do BNDES por ter ofendido FHC



O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) pediu, nesta quinta-feira (25), ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que demita o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Carlos Lessa. Para o senador, Lessa "foi ousado" ao chamar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de "vendilhão da pátria", quando proferia, na última terça-feira, a aula inaugural do curso de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

A solicitação foi feita durante reunião da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) que aprovou, por unanimidade, voto de aplauso ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em virtude de a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO ) ter reconhecido, em relatório publicado no final do ano passado, que durante os governos de Fernando Henrique o Brasil foi um dos poucos países do mundo que conseguiu diminuir a fome. O requerimento propondo o voto de aplauso vai agora à apreciação do Plenário do Senado.

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), autor do requerimento solicitando o voto de aplauso, classificou as palavras do presidente do BNDES de uma "agressão tola". E disse que no governo do presidente Fernando Henrique o país apresentou progresso na grande maioria dos índices sociais, com estabilidade econômica.

Para o senador Jefferson Péres (PDT-AM), a aprovação do voto de aplauso pela CRE soava como um desagravo ao ex-presidente, "já que ele foi alvo de uma agressão verbal injusta e descabida". O senador observou que Fernando Henrique Cardoso jamais, em seus oito anos de mandato, tratou seus oponentes com palavras agressivas. O presidente da CRE, senador Eduardo Suplicy (PT-SP), e os senadores Tião Viana (PT-AC), Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e Cristovam Buarque (PT-DF) também ressaltaram os avanços sociais que o país obteve no governo Fernando Henrique Cardoso.

O relatório da FAO destaca que no governo anterior houve uma redução de 12% para 9% da população faminta do Brasil, sobretudo durante o segundo período de governo, entre 1999 e 2001. O relatório também registra a maturidade na ação de programas sociais inaugurados no governo Fernando Henrique, como o Bolsa-Escola e o Comunidade Solidária, bem como programas de vacinação e assistência à saúde.



25/03/2004

Agência Senado


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