Apoio para um novo plano de cargos e salários do Banco Central é proposto durante sabatina na CAE
O diretor indicado para a área de administração do Banco Central, João Antônio Fleury Teixeira, pediu o apoio dos senadores da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) para a aprovação de um novo plano de cargos e salários que evite a perda de funcionários da instituição. Dos 4.600 servidores do BC, cerca de 800 estão em condições de se aposentar. Pela falta de condições de competição salarial, o BC perdeu, nos últimos dois anos, 150 técnicos para a iniciativa privada e para outras áreas do setor público.
O vice-presidente da CAE, senador Paulo Octávio (PFL-DF), disse que a Advocacia Geral da União (AGU) conseguiu levar vários desses técnicos. O senador Fernando Bezerra (PTB-RN) considerou inadequada essa concorrência dentro do próprio setor público. Teixeira respondeu ao senador que o BC deixou de ter funcionários celetistas e que o salário inicial da instituição é de R$ 2,5 mil líquidos, subindo para uma faixa média de R$ 3,6 mil líquidos e alcançando R$ 5,7 mil líquidos no final de carreira. Afirmou que não há outras complementações salariais.
O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) alertou que o momento não é propício para se discutir aumento salarial em um cenário de restrição de gastos públicos. Em resposta à preocupação do senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) sobre o enfraquecimento da instituição, Teixeira informou que estão sendo estudadas novas fontes para reaparelhar o BC. Uma delas é a elaboração de um projeto de lei criando a taxa de supervisão bancária à semelhança do que existe em vários países. Esses recursos poderiam ser usados para custeio e, segundo Teixeira, para sustentar a reestruturação do plano de cargos e salários do BC.
11/03/2003
Agência Senado
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