APROVADA RECONDUÇÃO DE RENATO GUERREIRO À PRESIDÊNCIA DA ANATEL
Ao ser sabatinado pela comissão, Guerreiro apontou a universalização dos serviços telefônicos como a grande conquista dos três primeiros anos de funcionamento da Anatel. E previu para dentro de um ano a instalação de telefones em todas as localidades com mais de 600 habitantes, além de orelhões em todos os locais com mais de 300 habitantes. Na sua opinião, a universalização de telefones está "praticamente resolvida".
- Agora temos de cuidar do acesso do cidadão à sociedade de informação - disse Guerreiro durante o debate na CI, em resposta a uma pergunta do senador Paulo Souto (PFL-BA). Para isso, afirmou, o recém-aprovado Fundo de Universalização das Telecomunicações - que será posto em prática a partir de 2001 - será um importante instrumento. "Temos projetos nas áreas de educação, saúde e segurança que vão mudar a cara da sociedade brasileira", adiantou o presidente da Anatel.
Guerreiro citou a inauguração de um cabo de fibras óticas entre o Rio Grande do Sul e o Acre e do acesso à Internet em uma escola em São Gabriel da Cachoeira (AM), na fronteira com a Colômbia, como demonstrações da expansão das telecomunicações no país. Ele utilizou o exemplo das eleições norte-americanas, cujo resultado ainda não era conhecido um dia após o fim da votação, para demonstrar o avanço brasileiro no setor. "Eles não conseguiram resolver o problema da eleição de um presidente, enquanto nós divulgamos no mesmo dia os prefeitos eleitos no país inteiro", comparou.
Durante o debate sobre a recondução de Guerreiro, que contou com parecer favorável do senador Romero Jucá (PSDB-RR), a senadora Emília Fernandes (PDT-RS) - presidente da CI - e o senador Geraldo Cândido (PT-RJ) lembraram as críticas feitas pelos consumidores aos serviços prestados pelas empresas telefônicas.
O senador Gerson Camata (PMDB-ES) afirmou estar preocupado com a possibilidade de repetição, na escolha do futuro padrão brasileiro de televisão digital, do erro que o Brasil teria cometido ao adotar o sistema PAL-M de televisão colorida. "Só o Brasil e o Laos adotaram esse sistema", observou Camata. Guerreiro informou que a Anatel vem analisando sistemas desenvolvidos por Estados Unidos, União Européia e Japão e que o país adotará um padrão "consentâneo com algum padrão internacional".
08/11/2000
Agência Senado
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