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Corbuccio recebeu 45 votos favoráveis e seis contrários. Vitória Cleaver foi aprovada com 43 votos a favor e sete contrários. Ambos foram sabatinados e aprovados pelos parlamentares integrantes da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) na última quinta-feira (25), quando destacaram a política brasileira de aproximação com países em desenvolvimento da África e da Ásia.

Gabão

Em sua exposição aos senadores da CRE, Corbuccio recordou que, até recentemente, a África era considerada "um continente perdido e sem esperança". Nos últimos anos porém, o continente tem crescido a uma média de 4,6% ao ano, devido à maior estabilidade política e abertura ao investimento externo. Conforme o diplomata, estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que a África terá crescimento superior ao da Ásia nos próximos 10 anos.

- Há um renascimento africano. A atual política externa brasileira considera o continente como uma oportunidade de sinergias positivas com o Brasil. A África multiplica o poder do Brasil pelo mundo - afirmou Corbuccio.

O diplomata salientou que a política externa de aproximação do Brasil com os países em desenvolvimento tornou o Brasil menos vulnerável à crise econômica internacional e fortaleceu o país em suas relações com os países desenvolvidos. A África já seria o quarto maior parceiro comercial brasileiro.

Já o Gabão é rico em petróleo e minérios, disse Corbuccio, que também mencionou a aquisição pela Petrobras de dois blocos de exploração de petróleo na costa daquele país. O embaixador designado para o Gabão avalia que há uma margem muito grande de ampliação do comércio bilateral, cujas exportações no ano passado foram de apenas US$ 30 milhões.

Vietnam 

Vitória Alice Cleaver assinalou que o comércio entre os dois países cresceu muito na última década, passando de US$ 47 milhões em 2003 para US$ 936 milhões em 2010, nos dois sentidos. Lembrou, no entanto, que boa parte das exportações brasileiras ainda é de commodities e sinalizou que pretende trabalhar pela diversificação das vendas àquele país, que desde 1986 vem promovendo uma abertura de mercado semelhante à adotada pela China.

Por acreditar na existência de desconhecimento mútuo entre os empresários dos dois países, Vitória Cleaver sugeriu um foro empresarial entre o Brasil e a Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), da qual o Vietnam faz parte. Após uma pequena queda no crescimento anual de 7% em sua economia com a crise econômica de 2008, o Vietnam voltou a crescer 6% em 2011, observou a diplomata.

Cristina Vidigal e Marcos Magalhães / Agência Senado

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