Aprovadas regras mais rigorosas para a criação de municípios
A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou nesta quarta-feira (2) novas regras de procedimento para criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios. De acordo com o projeto, distritos só poderão ser transformados em municípios caso tenham eleitorado igual ou superior a 50% de sua população e possuam núcleo urbano já constituído, dotado de infra-estrutura, edificações e equipamentos compatíveis com a condição de município.
Segundo o substitutivo apresentado pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) ao projeto de lei complementar (PLS 98/02) de autoria do senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), que tramitou em conjunto com outros três projetos, a criação de município será condicionada a população igual ou superior a cinco mil habitantes na Região Norte; a dez mil habitantes nas Regiões Centro-Oeste e Nordeste; e a 15 mil habitantes nas Regiões Sul e Sudeste. O projeto segue agora para votação pelo Plenário do Senado.
A proposta tem por meta criar regras mais duras para que distritos não sejam transformados em municípios sem as mínimas condições físicas, mas apenas para atender a desejos políticos de lideranças locais, conforme esclareceu o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE). O senador Valter Pereira (PMDB-MS) informou que apresentará emenda de Plenário, retirando das novas regras as localidades onde já foram realizados plebiscitos para transformar distritos em municípios.
O projeto também exige outros requisitos para a criação de municípios, como a continuidade territorial. O futuro município não pode estar localizado em reserva indígena ou área de preservação ambiental, ou naquelas pertencentes à União e suas autarquias e fundações.
A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de municípios dependerão da realização de Estudo de Viabilidade Municipal e de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos municípios envolvidos, e serão feitos por lei estadual. O estudo de que trata o projeto deverá abordar aspectos econômicos, financeiros e administrativos, bem como estimativas das despesas com pessoal, custeio e investimento. O estudo informará também se a nova unidade administrativa terá condições de prestar serviços públicos de interesse local, especialmente com relação à Educação e à Saúde.
Cláudio Bernardo / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
02/07/2008
Agência Senado
Artigos Relacionados
Contas de concessionárias de serviço público podem ter regras mais rigorosas
SENADO DEVE TORNAR MAIS RIGOROSAS REGRAS SOBRE AGROTÓXICOS
Aprovadas normas para criação de municípios
Aprovadas normas para criação de municípios
APROVADAS REGRAS MAIS RÍGIDAS PARA AGROTÓXICOS
Aprovadas na CAE regras mais simples para registro de empresas