Aprovado projeto que pune crimes praticados com a utilização da Internet



A polícia e a Justiça poderão ter em breve munição jurídica apropriada para lidar com ciberpiratas, disseminadores de vírus, pedófilos e outros praticantes de crimes na área de informática. O Senado aprovou na noite desta quarta-feira (9) proposta substitutiva ao projeto de lei da Câmara (PLC 89/2003) que trata dos ilícitos que tragam danos a pessoas, equipamentos, arquivos, dados e informações, em unidades isoladas ou em redes privadas ou públicas de computadores.

VEJA MAIS
Projeto estabelece penas de Prisão e multas Senado aprova projeto que criminaliza a prática da pedofilia por meio da Internet Criminosos em processo de extradição poderão ser presos Senado autoriza aumento para área de uso rural na Amazônia Novos oficiais de Justiça deverão ter curso superior Aprovado projeto que prevê formação e capacitação de professores Senado aprova projeto que incentiva educação profissional Advogado sob investigação não poderá invocar sigilo do cliente para omitir informações Senado aprova criação de empresa pública para cuidar de tecnologia avançada Senado aprova projeto que reduz Cide da gasolina de aviação Senado aprova projeto que trata das atividades executadas por agências de turismo Projeto que institui a Lei Geral do Turismo é aprovado Aprovado reajuste a policiais militares e bombeiros do DF Ratificada criação de cargos e funções comissionadas no TRT 1ª Região Aprovado projeto que regulamenta a profissão de oceanógrafo Profissão de ecólogo recebe regulamentação Visão monocular será considerada deficiência Projeto aprova texto de acordo do Brasil e do Reino Unido que evita dupla tributação Missão brasileira no Haiti terá mais 100 militares MP destina R$ 1,816 bilhão para órgãos públicos Projeto aprovado muda composição do Conselho de Engenharia, Arquitetura e Agronomia Aprovada indenização para mãe de militante morto na ditadura Aprovado acordo para a preservação de albatrozes e petréis Fixado novo limite de chumbo em tintas Vitória e Sorocaba poderão contratar empréstimos no exterior

A matéria segue agora para a Câmara dos Deputados, casa de origem do projeto, já que este foi modificado. A nova redação foi dada, primeiramente, pelo relator na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG). Na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) o tema foi novamente aprimorado pelo senador Aloizio Mercadante (PT-SP). Mercadante também negociou com setores do governo e da sociedade as emendas que modificaram o substitutivo já na votação de Plenário.

- Aprovamos um projeto rigoroso contra o crime, mas que garante a liberdade de expressão na Internet - conceituou Mercadante.

- Os brasileiros poderão ter com a futura lei um ambiente seguro em que desenvolver suas atividades no campo da informática - afirmou Azeredo.

As emendas aprovadas em Plenário tratam dos temas mais polêmicos, como a pirataria e a ação de pedófilos. O novo texto tipifica o crime de acesso a equipamentos ou redes com a violação da segurança de ambientes que tenham "proteção expressa". Da mesma forma, será considerada criminosa a transferência sem autorização de dados e informações de unidades ou sistemas cujo acesso for restrito e protegido expressamente.

O projeto também considera crime falsificar dados eletrônicos ou documentos públicos e verdadeiros; falsificar dados ou documentos particulares e verdadeiros; criar, divulgar ou manter arquivos com material pornográfico contendo imagens e outras informações envolvendo crianças e adolescentes; praticar o estelionato; capturar senhas de usuários do comércio eletrônico; e divulgar imagens de caráter privativo.

Esteve presente à votação o casal Marco Antônio e Cristina Del"Isola, pais de Maria Cláudia Siqueira Del"Isola, jovem de 19 anos assassinada em 2004. As fotos da perícia realizada no corpo de Maria Cláudia foram divulgadas pela Internet causando grande comoção.

Mercadante explicou que os provedores de Internet serão obrigados a preservar em seu poder, para futuro exame, arquivos requisitados pela Justiça, assim como encaminhar às autoridades judiciais quaisquer denúncias de crimes que lhes forem feitas. No mais, os provedores terão de guardar por três anos os registros de acesso para que se possa saber quem acessou a Internet, em que horário e a partir de qual endereço.

O senador paulista explicou que essas regras foram objeto de discussão com entidades como a Associação Brasileira dos Provedores de Acesso, Serviços e Informações da Rede Internet (Abranet) e o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).

Nelson Oliveira / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)



10/07/2008

Agência Senado


Artigos Relacionados


PROJETO DE CALHEIROS PUNE CRIMES PRATICADOS NA INTERNET

Eduardo Azeredo pede pressa na aprovação de projeto que tipifica crimes praticados na internet

CE examina projeto que pune crimes na Internet

Aprovado projeto que tipifica utilização de menor em crimes

CCJ deve examinar projeto que pune crimes cometidos pela Internet

Encontro virtual debaterá projeto que pune crimes cometidos pela Internet