"Aqui não tem cor partidária", diz Expedito Júnior em vigília pelos aposentados
Ao usar a palavra na madrugada desta quarta-feira (19), durante a vigília em favor da recomposição do valor das aposentadorias e pensões, o senador Expedito Júnior (PR-RO) fez questão de ressaltar que a luta em defesa dos direitos dos aposentados não se restringe a um ou outro partido.
- Aqui não tem cor partidária. Não estamos aqui contra o presidente Lula, mas em defesa dos aposentados. Esta é uma luta de todos nós, do PT, da base aliada, da oposição, de todo o povo brasileiro - ressaltou.
Expedito foi relator do PLS 58/03, que visa implantar uma política de recuperação do poder de compra das aposentadorias e pensões, na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), onde foi aprovado em decisão terminativa na semana passada. Ele lembrou que, se o projeto vier a virar lei, cerca de 24 milhões de pessoas, entre aposentados e pensionistas, serão beneficiados.
O senador por Rondônia lembrou que nos últimos anos o Brasil avançou - e muito - em vários indicadores sociais, mas ressaltou que esse avanço não ocorreu de um dia para o outro. Pelo contrário: é fruto do esforço e do trabalho de milhões de brasileiros que ajudaram a desenvolver a economia brasileira, muitos deles hoje já aposentados.
- E é nesta fase da vida em que o custo de vida é mais elevado que o governo federal tem faltado aos aposentados - criticou.
Para dar um exemplo das perdas de aposentados e pensionistas nos últimos anos, o senador citou que em 2006, por exemplo, o reajuste do salário mínimo foi de 16,6% enquanto os aposentados e pensionistas que ganhavam mais de um salário mínimo tiveram seus benefícios reajustados em apenas 5%.
- O que aconteceu é que quem se aposenta com dois ou mais salários mínimos, por conta da política de reajuste do mínimo, que não é acompanhada por uma política de recuperação das aposentadorias e pensões, em pouco tempo está ganhando apenas um salário mínimo - afirmou Expedito Júnior.
Em aparte, o senador Paim lembrou que esta quinta-feira (20) é o Dia Nacional da Consciência Negra, mas fez questão de ressaltar que "hoje o cidadão mais discriminado neste país é o aposentado, seja ele branco ou negro".
19/11/2008
Agência Senado
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