Argentinos correm atrás de dólar, que já vale 1,40 peso
Argentinos correm atrás de dólar, que já vale 1,40 peso A paridade entre o peso e o dólar é uma ficção nas ruas de Buenos Aires. Apesar de o ministro da Economia, Domingo Cavallo, autor da lei que estabeleceu a relação de um para um entre as moedas argentina e americana, ter ido a Washington tentar salvar a paridade, milhares de portenhos - desconfiados de uma iminente desvalorização da moeda nacional - tentavam, desesperadamente, trocar pesos por dólares.
As ruas San Martín, Sarmiento e Redonquista, onde estão as principais casas de câmbio da cidade, estavam abarrotadas de pessoas. Era impossível trocar 1 peso por US$ 1, como ocorreu ao longo da última década.
Cada dólar valia 1,40 peso. Para agravar a crise, os fundos de pensão foram à Justiça contra o governo. Eles querem impedir o confisco de seus recursos, decretado por Cavallo. (pág. 1, B1 e B4).
O presidente do Banco Central, Armínio Fraga, disse ontem que "a taxa de câmbio estava sem dúvida alguma muitíssimo depreciada no País e de alguma maneira ainda está". A afirmação ampliou o movimento de queda do dólar, que fechou em R$ 2,393. Fraga e o ministro da Fazenda, Pedro Malan, admitiram que as conseqüências da crise argentina sobre o câmbio são imprevisíveis. (pág. 1 e B4)
O presidente Fernando Henrique Cardoso acha que os estados podem aumentar o salário mínimo acima do valor definido pelo Congresso. O Orçamento de 2002 prevê R$ 189, mas já se discute um mínimo de R$ 200. FHC lembrou dos reflexos do aumento nas contas da Previdência, o que não ocorreria se os reajustes fossem regionais. (pág. 1 e A4)
O pré-candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, voltou a elogiar o presidente venezuelano, Hugo Chávez. Lula, numa alusão aos goleadores do futebol, disse que o venezuelano é um "centroavante matador". Apesar de admirá-lo, Lula garantiu que um eventual governo do PT no Brasil não terá o mesmo estilo da administração de Chávez. (pág. 1 e A6)
A aprovação do "fast track" pela Câmara americana provocou novas preocupações entre diplomatas brasileiros sobre a criação da Alca e a nova rodada da Organização Mundial do Comércio. Para fontes do Itamaraty e de outras áreas do Governo, podem ser retardadas as negociações sobre a venda de produtos do Brasil aos EUA. (pág. 1 e B6)
A principal prioridade do novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Eleazar de Carvalho Filho, é completar a reestruturação do banco, com alteração radical do modelo de gestão. Para Eleazar, o resultado disso será maior agilidade na concessão de créditos. (pág. 1 e B8)
EDITORIAL
"Um 'fast track' restritivo" - O texto do projeto que concede Autoridade de Promoção Comercial ao Executivo dos EUA, aprovado pela Câmara dos Representantes, não deixa o presidente Bush "livre" para negociar acordos de livre comércio. (pág. 1 e A3)
12/08/2001
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