Arlindo Porto diz que Pedro Aleixo foi um dos mais destacados mineiros



O senador Arlindo Porto (PTB-MG) afirmou, durante homenagem a Pedro Aleixo nesta quinta-feira (dia 30), que o político, morto em 1975, foi um dos mais ilustres filhos que Minas Gerais ofereceu ao Brasil. O senador citou frase dos filhos do político, José Carlos Brandi Aleixo e Maurício Brandi Aleixo: "A história rende tributo a Pedro Aleixo, que soube sacrificar posições para continuar fiel aos seus princípios".

Arlindo Porto traçou um breve histórico da vida do político que fundou a União Democrática Nacional (UDN). Nascido em Mariana, sempre muito religioso, Aleixo tinha como principal bandeira a defesa da democracia, idéia em nome da qual retirou-se várias vezes da vida pública, sempre que sentia o ideal ameaçado. Formou-se em 1922 em Direito e passou logo a fazer jornalismo e política. Atuou como advogado, jornalista, político e professor, tendo destaque em todas as áreas. Foi um dos fundadores do jornal Estado de Minas e sua primeira eleição para um cargo público foi em 1927, para conselheiro municipal de Belo Horizonte.

Em 1933, foi eleito deputado constituinte e elaborou o capítulo referente aos direitos e garantias individuais da Constituição de 1934. Com a instituição do Estado Novo e a dissolução do Parlamento, Aleixo deixou a vida pública e voltou a advogar. Nessa época, recusou nomeações para cargos públicos até que se restabelecesse o regime democrático. Em 7 de abril de 1945, sob a sua presidência, foi fundada a UDN, no Rio de Janeiro. Em 1958, elegeu-se deputado federal.

Pedro Aleixo participou das conspirações para derrubar o governo de João Goulart, em 1964, e foi ministro da Educação do governo Castello Branco. Em 1967, tornou-se vice-presidente da República. Único membro do Conselho de Segurança Nacional a votar contra o Ato Institucional nº 5, Aleixo deixou o governo e, no período mais feroz da ditadura, com o objetivo de lutar pela liberdade e defesa dos direitos do cidadão, criou o Partido Democrático Republicano (PDR).

30/08/2001

Agência Senado


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