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O senador Armando Monteiro (PTB-PE) ressaltou, nesta quinta-feira (8), a gravidade da seca no Nordeste, que classificou como uma das piores dos últimos 40 anos.  Ele afirmou que o cenário atual, com perdas de plantações e rebanhos, é o de prejuízos e danos econômicos irreparáveis.

- Em Pernambuco, 122 Municípios, ou seja, cerca de dois terços do total, estão em estado de emergência. Um milhão e duzentos mil pernambucanos sofrem, de forma direta, os efeitos desta estiagem – relatou.

Armando Monteiro explicou que os pequenos e médios produtores e criadores são os mais atingidos. De acordo com o senador, a produção leiteira está sendo muito afetada e já teve uma redução de cerca de 40% na região do Agreste de Pernambuco.

- O resultado mais dramático é o aumento do desemprego, que atinge, nessa área, diretamente, quase 20 mil trabalhadores – lamentou.

Medidas

O senador reconheceu que estão sendo adotadas medidas emergenciais pelos governos estadual e federal. Entre elas, o programa Chapéu de Palha Estiagem, que consiste na complementação de renda no valor de R$ 280,00 para os produtores vinculados ao programa Garantia Safra ou Bolsa Estiagem. Ele ainda elogiou as iniciativas da presidente Dilma Rousseff de autorizar o Exército a contratar mais carros-pipa para operar no Nordeste e de prorrogar por mais dois meses o Bolsa Estiagem.

- Considero que algumas medidas são fundamentais, tais como a ampliação da distribuição de água potável, o destravamento das linhas de crédito para os pequenos agricultores e o fornecimento de ração animal – destacou.

Em relação às ações de médio e longo prazo, Armando Monteiro defendeu a aceleração das obras de transposição do rio São Francisco, de construir barragens e cisternas e de viabilizar a implantação de um sistema de adutoras. Em Pernambuco, ele ressaltou que é crucial priorizar as obras da adutora do rio Pajeú.

- A expectativa é que, com a conclusão da obra, sejam beneficiados cerca de 340 mil pessoas, em mais de 20 municípios na região - assinalou.

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