Arruda apresenta fotos e documentos para desmentir Regina Borges



Para desmentir afirmações da ex-diretora do Centro de Informática e Processamento de Dados do Senado Federal (Prodasen) Regina Borges, o senador José Roberto Arruda (PSDB-DF) apresentou nesta quarta-feira (dia 18), em Plenário, declarações e fotos que, segundo ele, provam que não houve um encontro entre os dois na residência dele, na noite do dia 27 de junho do ano passado, para tratar da violação do painel eletrônico do plenário durante a votação da cassação do senador Luiz Estevão.

Arruda disse ter reconstituído, a partir da agenda de compromissos que mantém em seu computador, todos os passos dados por ele no dia e na noite de 27 de junho do ano passado. O senador recolheu declarações das pessoas com quem esteve desde o final da tarde até cerca de 1h do dia seguinte. Ele também apresentou fotos tiradas em dois eventos naquela noite, nas quais aparece vestido com o mesmo terno e a mesma gravata. Arruda explicou que esteve entre 18h e 19h numa reunião com funcionários demitidos da Novacap e, em seguida, na posse do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Fernando Neves. Os senadores Pedro Piva (PSDB-SP) e Bernardo Cabral (PFL-AM) confirmaram a presença de Arruda na posse do ministro Fernando Neves.

Com outra declaração, Arruda demonstrou que, logo após a solenidade de posse no TSE, por volta das 22h, jantou em um restaurante com o jornalista Ricardo Noblat até cerca de 1h da madrugada do dia seguinte.

- Graças a Deus consegui reconstituir tudo o que fiz no dia 27 de junho e recolher essas declarações e fotos. Se tivesse ido para casa, vestido o pijama e assistido TV; se não tivessem ocorrido esses fatos, eu seria culpado? Está na hora de dar um basta. Chega de leviandade. Vamos fazer valer o direito básico de que cabe ao acusador o ônus da prova - disse.

Reafirmando que nunca recebeu ordem, pedido ou orientação do então presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), no sentido de procurar meios junto à ex-diretora do Prodasen para violar o painel de votação, Arruda exigiu que tudo seja profundamente investigado. Ele manifestou a sua estranheza em relação ao depoimento de Regina, que, mesmo afirmando ter recebido o pedido do próprio senador, disse ter entregue a lista contendo os votos secretos a um de seus assessores. Arruda também estranhou que a comissão de inquérito não tenha estabelecido o contraditório entre ela e esse assessor.

- Graças a Deus consegui mostrar que as acusações contra mim eram inverídicas. Agora precisamos retomar as votações de projetos importantes para o país e estabelecer uma agenda positiva. Esse tipo de ocorrência não destrói apenas as reputações pessoais, mas a reputação dessa instituição - concluiu Arruda.

18/04/2001

Agência Senado


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