ARRUDA: EMPRESA ESTRANGEIRA PODE TRABALHAR NO RASTREAMENTO DE CONTAS
O senador José Roberto Arruda (PSDB-DF), vice-presidente da CPI dos bancos, conversou por telefone nesta segunda-feira (dia 17) com o ministro da Justiça, Renan Caolheiros, quando discutiram formas de acelerar o rastreamento de contas bancárias no exterior pertencentes ao dono do Banco Marka, Salvatore Cacciola. Em entrevista à imprensa, Arruda afirmou que, se necessário, o governo deve até mesmo contratar uma empresa estrangeira para auxiliar no trabalho, como ocorreu durante a CPI do PC Farias. Explicou que Cacciola disse em seu depoimento à CPI possuir três empresas no exterior, mas notícia publicada pela revista Veja neste fim de semana informa que ele é dono de oito empresas no exterior - quatro no Uruguai, três nas Bahamas (paraíso fiscal) e uma na Ilha da Madeira. Assim, um rastreamento confirmará se Cacciola mentiu ou não à CPI.Arruda disse que o relatório final da CPI terá de propor mudanças na legislação que trata do Banco Central e seus limites, "para evitar que se repitam casos como o do Marka". Salientou que o relatório da comissão de inquérito terá de indicar com clareza as irregularidades contidas nos atos investigados, apontar responsáveis e propor eventuais ressarcimentos aos cofres públicos (ou a investidores), além de sugerir as mudanças na lei.Na opinião do vice-presidente da CPI, até agora a comissão de inquérito constatou "impropriedades" na operação Marka-FonteCindam e "fortes indícios" de tráfico de influência e de perjúrio (mentira sob juramento). "Caberá ao relator mostrar aos integrantes da CPI as irregularidades que constatar nos fatos investigados."
17/05/1999
Agência Senado
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