ARRUDA REBATE CRISTOVAM E DIZ QUE LUTARÁ POR VERBAS PARA O DF
O líder do governo no Congresso, senador José Roberto Arruda (PSDB-DF), rebateu hoje (dia 23), no plenário do Senado, declarações "injustas e indelicadas" do governador Cristovam Buarque, que o acusou, através de declaração à imprensa, de ter interferido junto a setores da equipe econômicapara reter repasses de verbas federais destinadas ao Distrito Federal.
Dizendo-se "perplexo" com a acusação, o senador esclareceu que através de telefonema para o ministério da Fazendafoi informadode que os repasses já haviam sido liberados e com uma antecipação de 30 dias.
- O governador não só recebeu a parcela que, segundo ele, eu teria interferido para que não lhe fosse repassada, mas aplicou-a no sistema financeiro, para posteriormente usá-la em obras e publicidade da sua administração - afirmou Arruda.
Para o senador, as declarações do governador "soam estranhas". Ele disse que tanto Cristovam quanto o secretário da Fazenda do DF já lhe solicitaram, em oportunidades anteriores, ajuda na liberação de outros repasses, ao que ele atendeu prontamente, recebendo, inclusive, por várias vezes, agradecimentos públicos destas autoridades.
De acordo com Arruda, Cristovam não poderia acusá-lo como o fez,porque a bancada do Distrito Federal, formada por oito deputados e três senadores, abriu mão pelo terceiro ano consecutivo das emendas individuais em nome de um só emenda consensual, previamente discutida com o governador.
Diante do que considera provas tão claras da sua boa vontade pessoal e política paracontribuir com a atual administração do DF, José Roberto Arruda entende que as declarações do governador só podem ser atribuídas a um "desabafo, em um momento em que ele estava se sentindo muito pressionado".
O senador lembrou ainda que já foram levantados mais de R$ 300 milhões no Orçamento Geral da União e no BNDES para conclusão do sistema do metrô, mais de R$ 150 milhões do governo federal foram destinados às obras de água e esgoto nas cidades-satélites de Brasília, e mais de R$ 60 milhões do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), a treinamento de mão-de-obra.
- Em nome da bancada de Brasília e no meu nome pessoal, registro aqui esta minha perplexidade e reafirmo que, da mesma forma com que, desde o primeiro dia do meu mandato até hoje, trabalhei para trazer recursos para Brasília, independentemente de partidos políticos; ainda que isto desagrade a esta ou àquela corrente política, não desviarei de rumo: vou continuar trabalhando pelo interesse de Brasília - frisou.
23/01/1998
Agência Senado
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