ARRUDA: GROSSI NÃO PARTICIPOU DO PROCESSO DE FAVORECIMENTO DO MARKA E FONTECIMDAM
Ao encaminhar a votação sobre a indicação de Teresa Grossi para a Diretoria de Fiscalização do Banco Central, o senador José Roberto Arruda (PSDB-DF) fez questão de citar reportagens de jornais e declarações de vários senadores que, na CPI, a defenderam e elogiaram sua competência. "A verdade é que Teresa Grossi demonstrou cabalmente não ter participado do processo decisório que resultou no possível favorecimento de bancos durante a mudança cambial". Para Arruda, a decisão do BC foi, no mínimo, imprópria. "Mas não podemos aceitar que uma funcionária de carreira, sem responsabilidade decisória, possa vir a pagar o pato pelas conseqüências de uma decisão da diretoria do Banco Central, que ela sequer influenciou", disse.O líder do PSDB no Senado, Sérgio Machado (CE) fez questão de dizer que Teresa Grossi tem uma trajetória carreira brilhante no BC e, por seus méritos, foi indicada pelo presidente para o cargo de diretora de Fiscalização. "De seu depoimento na CPI ficou claro não ter participado de decisões polêmicas sobre câmbio. A Comissão, aliás, não a indiciou", enfatizou.Ao encaminhar a votação da escolha de Teresa Grossi à diretoria de Fiscalização do BC, o senador Romero Jucá (PSDB-RR) discordou do processo de julgamento, que considerou um linchamento, que alguns senadores faziam com a indicada. "A questão fulcral foi a decisão da diretoria de decidir que havia risco sistêmico para bancos e financeiras, por ocasião da mudança cambial. A diretoria tinha espaço para decidir, sem consultar ninguém e foi isso que aconteceu". Jucá afirmou que estava votando favoravelmente à indicação de Teresa, por entender que ela não teve qualquer participação ativa no episódio. "Não vou remeter Teresa à fogueira. A CPI não a incluiu entre os suspeitos, sequer determinou a quebra de seus sigilos telefônico, fiscal e bancário", disse.
28/03/2000
Agência Senado
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