Arthur Virgílio adverte que pode denunciar à imprensa internacional suposta manobra contra Manaus



O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) afirmou em discurso nesta quarta-feira (19) que obstruirá a pauta do Senado e fará denúncia à imprensa internacional se o governo tentar modificar a legislação para que empresas de qualquer estado produzam, com incentivos fiscais, conversores que permitem televisores analógicos a captação de transmissões de TV digital.

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Arthur Virgílio sustentou que só a indústria do Pólo Industrial de Manaus pode fabricar, com a redução de impostos, tais equipamentos, para ele "parte intrínseca dos futuros televisores digitais". Virgílio entende que a produção fora de Manaus será um golpe contra a "indústria não poluente" de Manaus e, conseqüentemente, contra a Amazônia. Caso o pólo industrial seja afetado, o Amazonas não teria outro caminho para sobrevivência a não ser a abertura de indústrias tradicionais, que podem provocar poluição.

- O conversor para TV digital não é equipamento de computador e nem a ele se assemelha - afirmou. O senador lembrou que, com a chegada da televisão digital, os proprietários dos milhões de televisores analógicos existentes terão de comprar o conversor e, por isso, "cresceu a cobiça por esse mercado". Ponderou que a indústria de Manaus já produz mais de 2,6 milhões de unidades para receber sinais de TV via satélite e 180 mil para sinais de TV a cabo.

Arthur Virgílio lamentou que "autoridades da República" estejam falando abertamente de modificações na legislação, cedendo a pressões para viabilizar a fabricação deste equipamento fora de Manaus. Citou que até o Ministério da Ciência e Tecnologia, "que deveria zelar pelo cumprimento da lei", informa ainda não ter posição formada sobre o assunto.

No mesmo discurso, o senador do Amazonas disse que o líder do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), Bruno Maranhão,"vai botar as manguinhas para fora" se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva for reeleito. Prova disso, afirmou, são as declarações de Maranhão assim que saiu da cadeia, depois de ter participado do quebra-quebra na Câmara dos Deputados no mês passado. Maranhão se colocou "à disposição do PT" para a campanha pela reeleição. Arthur Virgílio acusou ainda o governo federal de interferência para que "Bruno Maranhão e seus asseclas" obtivessem liberdade.



19/07/2006

Agência Senado


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