Arthur Virgílio protesta contra suposta oferta de Lula aos partidos aliados



"Não sou gado, não sou boi, no Congresso não tem boi ou vaca, mas deputados, deputadas, senadores e senadoras". A frase foi dita pelo líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), ao protestar nesta terça-feira (20) contra a suposta promessa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de dar aos partidos que o apoiarem, e se ele se reeleger, ministérios com "porteira fechada". A expressão significa que o aliado preencheria todos os cargos da estrutura ministerial e das estatais ligadas à pasta.

Na avaliação do senador pelo Amazonas, a promessa atribuída ao presidente Lula revela quase uma licença para a prática de corrupção em cada ministério. Arthur Virgílio acredita que, se Lula conseguir a reeleição e agir como a imprensa está noticiando, crescerá o número de "sanguessugas" e aumentarão os escândalos e os saques aos cofres públicos.

Arthur Virgílio também criticou o fato de o governo federal ter comprado, segundo a Gazeta Mercantil, por R$ 39,9 mil, um projetor particular para cinema. "Não bastasse o Aerolula, tanta mordomia, agora vem mais essa", avaliou. O anúncio feito pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, de que o Brasil apoiaria pleito da Venezuela de participar do Conselho de Segurança da ONU como membro temporário também foi reprovado pelo senador.

- A Venezuela não representa a média dos interesses da região. Ao contrário, ela tem problemas com a Colômbia, com o Peru e o Equador. Se há um país que divide a América do Sul é a Venezuela. Se há um país que não deve ser apoiado é a Venezuela - afirmou Arthur Virgílio.

Ao final do seu pronunciamento, Arthur Virgílio também apresentou voto de lembrança pelos dois anos da data de falecimento do ex-governador Leonel Brizola. Ele disse que admirava o político gaúcho por sua honradez, correção e comportamento justo. O senador também encaminhou voto de aplauso à Associação Comercial do Amazonas pelo seu 135º aniversário.



20/06/2006

Agência Senado


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