Arthur Virgílio afirma que somente a verdade pode salvar o ministro da Justiça



O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), afirmou que somente a verdade pode salvar a biografia do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, durante seu depoimento à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira (20). Na reunião, marcada para as 10h, o ministro deverá esclarecer a quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa.

- Se ele optar pela esperteza, ficará estigmatizado como arranjador de desculpas esfarrapadas para integrantes do governo Lula. Sua situação é difícil, porque sua função de zelar pela ordem nacional não combina com sua posição de estar no entorno de um caso de quebra ilegal de sigilo de um cidadão brasileiro sem indícios de qualquer culpa - argumentou.

Arthur Virgílio, que é autor do requerimento para que Márcio Thomaz Bastos seja ouvido também pelo Plenário do Senado, destacou que pode abrir mão de seu pedido se o ministro esclarecer, a contento, suas dúvidas sobre o episódio.

- Acho difícil que isso aconteça. Portanto, vamos insistir para que ele volte a depor, desta vez no Senado. O ideal será ouvi-lo depois do depoimento do ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso na Comissão Parlamentar de Inquérito dos Bingos. Não estamos com pressa - observou o senador.

O líder do PFL no Senado, José Agripino (RN), também defendeu o direito de o Senado ouvir o ministro Márcio Thomaz Bastos sobre a quebra de sigilo bancário do caseiro. O episódio resultou nas quedas de Antonio Palocci, do Ministério da Fazenda, e de Mattoso, da Caixa, no último dia 27 de março.

Em especial, os parlamentares da oposição querem saber por que o ministro da Justiça participou de uma reunião com Palocci e o advogado Arnaldo Malheiros Filho, bem como os motivos que levaram o secretário de Direito Econômico, Daniel Goldberg, e o chefe de gabinete, Cláudio Alencar, assessores de Bastos, a participar da investigação sobre o caseiro, na própria casa de Palocci.



19/04/2006

Agência Senado


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