Arthur Virgílio anuncia obstrução até extinção das sessões e votações secretas



A bancada do PSDB entrou em obstrução total no Plenário. O partido não votará nenhuma matéria até que sejam aprovados projetos de resolução acabando com as sessões secretas na Casa e obrigando qualquer integrante da Mesa e dirigente de comissão técnica a se afastar do cargo se processo contra ele for aberto no Conselho de Ética. Outra exigência é a aprovação de proposta de emenda à Constituição que extinga o voto secreto nas deliberações sobre cassação de mandatos. O anúncio foi feito pelo líder do partido, senador Arthur Virgílio (PSDB-AM).

Na reunião do Conselho de Ética marcada para esta quarta-feira (19) o PSDB, segundo o seu líder, proporá que seja elaborado imediatamente o regimento daquele colegiado. Arthur Virgílio antecipou que o partido sugerirá que seja incluída como cláusula pétrea do documento que todo relator seja, obrigatoriamente, de partido diferente do senador contra o qual foi aberta a representação. Os tucanos defenderão a tese de que a relatoria seja distribuída por sorteio entre os membros dos demais partidos.

- O PSDB está em posição de combate a partir da sessão de hoje. Procurei ser bem claro nos termos postos. Estamos, portanto, prontos para nossas idéias triunfarem ou para sermos batidos pelo jogo dos números. Somos um partido afeito ao diálogo e colocamos estes pré-requisitos para que o diálogo aconteça. Insistimos no afastamento do presidente da Casa e na votação das matérias que darão transparência às votações - afirmou Arthur Virgílio.

Em aparte, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) disse que participará da obstrução e sugeriu a Arthur Virgílio que apresente, junto com o líder do Democratas, senador José Agripino (DEM-RN), um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que seja quebrado o sigilo da votação que inocentou o senador Renan Calheiros da acusação de ter parte de suas despesas pagas por um funcionário da empresa Mendes Júnior.

Já o senador Marconi Perillo (PSDB-GO) opinou que se Renan Calheiros não acenar com a possibilidade de renunciar à Presidência do Senado ou não aceitar a sugestão de se licenciar do cargo, os senadores devem adotar medidas ainda mais duras. Por sua vez, o senador Papaléo Paes (PSDB-AP) pediu ao líder Arthur Virgílio que a decisão anunciada de obstruir todas as votações seja realmente cumprida. Ele lamentou que em outras ocasiões o partido tenha voltado atrás de decisões anteriormente adotadas.



18/09/2007

Agência Senado


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