Arthur Virgílio cobra unidade da base governista em torno das reformas
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio Neto (AM), cobrou unidade da base parlamentar de apoio ao governo Luiz Inácio Lula da Silva em torno das reformas tributária e previdenciária. Embora afirme que seu partido está -às ordens- para debater e, se for o caso, aperfeiçoar as propostas governistas, o senador tucano condiciona um virtual apoio a essas mudanças a um pré-requisito essencial: a unificação do discurso favorável às reformas dentro do Partido dos Trabalhadores (PT).
Ao registrar a cobrança em Plenário, nesta quarta-feira (23), Arthur Virgílio disse não estar se referindo a dissidentes, mas a lideranças petistas. Seu comentário dirigiu-se, inicialmente, ao líder do PT na Câmara, deputado Nelson Pellegrino (BA), que estaria contra a taxação previdenciária dos servidores inativos. Acrescentou, em seguida, que o presidente da Câmara, deputado João Paulo (SP), -também não teria demonstrado entusiasmo nisso-, enquanto o presidente da legenda, José Genoíno, teria passado a defender a taxação de inativos com ganhos acima de R$ 1.058, e não mais a partir de R$ 2,4 mil.
- Vamos conversar sobre as reformas quando houver unanimidade na base aliada - informou a liderança tucana, exigindo um -jogo franco-, e não uma -armadilha-. Na reforma da Previdência realizada em 1998, Arthur Virgílio lembrou que a militância do PT e da CUT (Central Única dos Trabalhadores) impediu a aprovação de muitas medidas defendidas hoje pelo governo, como a cobrança dos inativos. Diante desse fato, apelou para que o governo Lula cumpra com -eficiência e pragmatismo- suas propostas e resolva as dúvidas existentes em sua própria casa.
23/04/2003
Agência Senado
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