Arthur Virgílio diz que Vargas defenderia, hoje, as reformas estruturais



O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) afirmou que Getúlio Vargas defenderia, hoje, as reformas estruturais na sociedade brasileira. Para o líder do PSDB, trata-se de um "equívoco rematado" dizer que a reforma das leis trabalhistas seria uma traição a Getúlio Vargas.

- Como se pudesse valer para hoje e amanhã aquilo que foi um avanço do ontem - disse Arthur Virgílio.

Para o senador, as leis trabalhistas caducaram e hoje dificultam a criação de empregos e, por conseguinte, o acesso ao mercado de trabalho.

O parlamentar pelo Amazonas lembrou que Getúlio Vargas promoveu a industrialização da economia brasileira, até então predominantemente agrária. Elogiou a negociação com os Estados Unidos para que o Brasil entrasse na 2ª Guerra Mundial, na qual Getúlio Vargas conseguiu a construção da Companhia Siderúrgica Nacional e US$ 3 bilhões em recursos para o Tesouro Nacional.

Arthur Virgílio afirmou que Getúlio Vargas era "um político habilidoso, bafejado pelo destino", que tinha coragem para decidir. Lembrou que Vargas não aumentou suas posses no poder e foi um homem de bem - embora tenha sido um ditador e teve, em seu governo, a mancha de enviar para morrer em um campo de concentração na Alemanha a mulher de Luís Carlos Prestes, Olga Benário, de origem judaica.

- É um pecado que a história tem que registrar. É mais fácil culpar Felinto Müller, o sicário, mas o sicário cumpria ordens do ditador - afirmou.

O senador afirmou que teria enfrentado, como estudante, a ditadura Vargas, como enfrentou a ditadura militar. Mas teria apoiado Getúlio em seu governo constitucional, "que não foi ao fim por força de uma ação golpista". Afirmou que Getúlio Vargas "foi extremamente generoso e corajoso no ato de dar fim à própria vida", evitando que a ditadura assumisse o poder em 1954 - o que se consumou dez anos depois. Para ele, Getúlio tentou fazer "um governo impossível, porque assediado pelo golpismo da UDN".



29/08/2007

Agência Senado


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