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- Não é assim que se faz uma carreira decente no jornalismo - protestou ele.

De acordo com a matéria, intitulada "O escudo de Lula", o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, teria negociado com Daniel Dantas um acordo para "estabelecer uma trégua" entre ambos - o banqueiro possuiria um dossiê que aponta a existência de contas ilegais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do próprio ministro no exterior. Um dos resultados desse acordo, segundo a revista, teria sido a sessão em que a CPI dos Bingos decidiu, por seis votos a cinco, não convocar Dantas para depor.

Em um dos trechos contestados pelo líder do PSDB no Senado, a reportagem afirma que, "há três semanas, o senador Arthur Virgílio (...) denunciou a tentativa de achaque a Dantas feita por Delúbio Soares".

- Não foi isso que eu disse. Eu denunciei o achaque supostamente feito a Dantas não por Delúbio, mas por Lula, Antonio Palocci e José Dirceu - declarou o parlamentar, destacando que sua denúncia foi baseada em declarações da irmã do banqueiro, Verônica Dantas, perante a Justiça norte-americana.

Em outro trecho citado por Arthur Virgílio, Dantas teria dito que, se fosse prejudicado, "levaria o PFL, o PSDB e o PT juntos". A revista afirma ainda que, "depois de Veja revelar que as relações entre o banqueiro e o governo eram mais complexas, muito mais complexas, Virgílio sumiu do mapa. Por que será? Dantas sabe".

- Não aceito essas insinuações. Ninguém tem o direito de dizer isso de mim impunemente - disse o senador.

Arthur Virgílio também frisou que não endossa as acusações - que teriam sido feitas por Dantas em entrevista a Veja - de que Lula teria contas ilegais no exterior.

- Não endosso porque não tenho provas disso - ressaltou Arthur Virgílio, acrescentando que "isso cheira a Dossiê Cayman".

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