Arthur Virgílio critica doutrinação de embaixadores



Doutrinação política e constrangimento a embaixadores estão acontecendo no Ministério das Relações Exteriores (MRE), denunciou o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM). Ele leu reportagem publicada na edição de 15 de setembro da revista Veja, intitulada "Escolinha do professor Samuel", segundo a qual o secretário-geral do Itamaraty, Samuel Pinheiro Guimarães, obriga os diplomatas que serão transferidos de posto a serem sabatinados sobre três livros afinados com "a doutrina nacional-terceiro-mundista do atual governo".

- Esse procedimento está causando grandes constrangimentos a todos aqueles que precisam passar por essa situação, uma vez que não há um estímulo ao espírito crítico, mas sim uma tentativa de doutrinação, afinada com o pensamento do secretário-geral - afirmou Arthur Virgílio.

De acordo com a reportagem da Veja, escrita pelo jornalista Alexandre Oltramar, as obras exigidas no curso de duas semanas ministrado pelo secretário-geral e que termina com a sabatina são: Rio Branco, de Álvaro Lins, uma biografia do patrono da diplomacia brasileira; Brasil, Argentina e Estados Unidos, de Moniz Bandeira, que traz um prefácio no qual Pinheiro Guimarães "espicaça" a Área de Livre Comércio das Américas (Alca) e os Estados Unidos; e Brasil: de 1945 a 1964, de Rogério Forastieri da Silva, que trata da política desenvolvimentista de incentivo à industrialização.

Ainda segundo a reportagem, desde o início do governo petista Samuel Pinheiro Guimarães é um dos responsáveis pelas promoções e transferências de embaixadores e pela formulação da política externa do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.



22/09/2004

Agência Senado


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