Arthur Virgílio critica PT em relação à CPMF e a pacote de emergência de Yeda Crusius
Ao discutir da tribuna, nesta sexta-feira (30), a proposta de emenda à Constituição (PEC) que prorroga aContribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF), o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) apontou o que qualificou de "a face cínica" do PT que, ao mesmo tempo em que faz "chantagem" para manter a contribuição, barra o pacote de emergência proposto pela governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, para sanear as contas do estado. Ele lembra que a governadora herdou um "estado inviável, em que os gastos correntes superam em dez por cento o orçamento estadual".
Arthur Virgílio classificou como "estúpida e perversa" a atitude do PT no Rio Grande do Sul e apontou como contraditória a posição do partido, que defende a CPMF "num momento de arrecadação recorde do governo federal e de farra dos gastos públicos" e é contra as tentativas da governadora para superar a crise do estado.
- Aqui, o PT diz que sem a CPMF vai faltar comida para as criancinhas. Lá [no Rio Grande do Sul], o PT impediu que a governadora tivesse condições de superar a crise do estado. Aqui, é urgente. Aqui, não passa sem a CPMF. Lá, eles entendem que a governadora pode governar sem o ajuste fiscal para cima que ela propôs - observou Arthur Virgílio.
Apoio
Em aparte, o senador Paulo Paim (PT-RS) manifestou a preocupação da bancada gaúcha e anunciou avanços na negociação para o refinanciamento das dívidas no estado junto ao Banco Mundial, que dará um aporte de US$ 1 bilhão ao Rio Grande do Sul. Ele lembrou ainda que propostas de mudanças de contribuições para o estado foram recusadas pela assembléia legislativa estadual igualmente em governos anteriores.
Também em aparte, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) alertou para a grave situação enfrentada pelo Rio Grande do Sul e apelou por apoio do governo federal ao estado.
Ao encerrar seu pronunciamento, Arthur Virgílio reafirmou a situação dramática enfrentada por Yeda Crusius e repudiou qualquer "chantagem" feita pelo governo federal para aprovar a continuidade da CPMF.
30/11/2007
Agência Senado
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