Azeredo defende governo de Yeda Crusius



Falando em nome do líder de seu partido, senador Artur Virgílio Neto (PSDB-AM), o senador Eduardo Azeredo (MG) defendeu o governo de Yeda Crusius no Rio Grande do Sul. Para Azeredo, o estado enfrenta "uma crise de natureza exclusivamente política de grandes proporções".

O parlamentar disse que a oposição tenta atribuir aos primeiros meses do governo de Yeda Crusius, do PSDB, a responsabilidade por decisões e ações iniciadas muito antes "e que estão sendo enfrentadas e eliminadas exatamente na sua administração". Ele disse que ela "vem agindo com energia e correção na tentativa de buscar alternativas para essa crise".

O senador enfatizou a decisão da governadora de determinar a todos os administradores uma redução de pelo menos 30% nas despesas correntes. Lembrou que a ação da governadora conseguiu reduzir o déficit estrutural, que chegou a R$ 2,4 bilhões em 2007, para uma previsão de R$ 1,2 bilhões este ano, com perspectiva de zerá-lo em 2009.

Azeredo também destacou a aprovação pela manhã, pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), de autorização para que o estado tome US$ 1,1 bilhão emprestados junto ao Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) e a colocação, no mercado de ações, de papéis do Banco do Estado (Banrisul), ainda no ano passado.

O senador enfatizou que o governo gaúcho tem aumentado o pagamento de impostos atrasados, aumentou o combate à sonegação e tem respeitado a Lei de Responsabilidade Fiscal, o que irá permitir o investimento, a partir de 2010, de pelo menos 10% da receita corrente líquida, cerca de R$ 1,4 bilhão ao ano. Destacou a criação do Programa Estruturante Duplica Rio Grande do Sul, que prevê investimentos de mais de R$ 2,5 bilhões nos próximos quatro anos para melhorar a infra-estrutura de transportes. Acrescentou que o Produto Interno Bruto do Estado voltou a crescer acima da média nacional, cerca de 7% ao ano em 2007 e 2008.

Na área social, Azeredo destacou o Programa Saúde da Família, que atende hoje um terço da população do estado (cerca de 4 milhões de pessoas), que reduziu a mortalidade infantil de 16 para menos de 13 óbitos para cada mil nascimentos.

Em aparte, o senador Raimundo Colombo (DEM-SC) afirmou que o empréstimo aprovado pela CAE "vai permitir que possa operar com juro bem abaixo, o que vai dar folga ao Estado e dar-lhe capacidade de investimento".



24/06/2008

Agência Senado


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