Arthur Virgílio lamenta declarações de Lula



As recentes declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na reunião da Governança Progressista, realizada em Londres, foram lamentadas nesta segunda-feira (14) pelo líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM). Segundo o senador, Lula fez -críticas duras e ingênuas- aos Estados Unidos e -deveria realmente parar com os improvisos-, referindo-se a debate ocorrido no encontro sobre o papel dos Estados Unidos no cenário mundial.

Virgílio lembrou a política externa -errática- do governo Lula, que criou o Grupo de Amigos da Venezuela, -depois abandonado-, e o episódio em que o assessor internacional do presidente ofereceu asilo político a Saddam Hussein.

- Ontem, o presidente Lula extrapolou. Ele não foi lá para brincar - afirmou.

O senador acrescentou que o presidente deveria -tomar cuidado para não isolar politicamente o Brasil.

- O Brasil não é uma potência militar ofensiva, tem um peso médio na cena internacional, que pode diminuir se perceberem falta de solidez - frisou.

Virgílio também disse que, no caso de Lula estar respondendo às críticas feitas pelo presidente da Argentina, Néstor Kirchner, e pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, não deveria dar respostas a ninguém. O senador disse que não sabia se Lula estava respondendo às críticas ou se estava jogando -para uma platéia mais à esquerda que irremediavelmente se afasta dele-.

Virgílio ainda comentou declarações do embaixador brasileiro em Cuba, Tilden Santiago, defendendo os fuzilamentos ordenados por Fidel Castro e a adoção desse tipo de eliminação de opositores no Brasil.

- Não tenho medo de ser fuzilado. Tenho medo do ridículo que pode cobrir o Brasil com essas declarações - declarou.



14/07/2003

Agência Senado


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