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- Esse empresário, que mora em Londres, comprou uma área total de 160 mil hectares, maior que a da cidade de São Paulo - ressaltou o senador, questionando "se não está por trás disso uma brutal negociata".

Arthur Virgílio afirmou que vai convidar a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Jorge Armando Félix, para que eles se pronunciem sobre o assunto.

Johan Eliasch teria alegado que seu objetivo, ao comprar a área, é preservar a floresta da região. Segundo Arthur Virgílio, o empresário também declarou que pretende alterar o Protocolo de Kyoto para ganhar dinheiro vendendo "créditos de carbono" - títulos criados pelo protocolo, que visam a incentivar a redução da emissão de gases poluentes e podem ser negociados em bolsas de valores.

O senador citou em seu discurso matéria do jornal Correio Brazililiense, publicada no final de março, segundo a qual a titularidade das terras adquiridas por Johan Eliasch estaria sendo investigada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). E também citou matéria do jornal Folha de S. Paulo desta terça-feira, na qual se afirma que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) considera irregular parte da área comprada pelo empresário sueco. De acordo com os dois jornais, Johan Eliasch declarou ter comprado as terras agora investigadas do grupo norte-americano GMO Renewable Resources - que atuava no Amazonas por meio da madeireira Gethal.

O discurso de Arthur Virgílio recebeu em Plenário o apoio dos senadores Jefferson Péres (PDT-AM), Tião Viana (PT-AC), Heloísa Helena (PSOL-AL), Alvaro Dias (PSDB-PR), Leonel Pavan (PSDB-SC), Flexa Ribeiro (PSDB-PA), Wellington Salgado (PMDB-MG), Ramez Tebet (PMDB-MS), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Gilberto Mestrinho (PMDB-AM), Sibá Machado (PT-AC), Sérgio Guerra (PSDB-PE), José Agripino (PFL-RN) e João Batista Motta (PSDB-ES).

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