Arthur Virgílio quer saber por que Itamaraty não foi consultado sobre boxeadores cubanos
O líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), afirmou nesta quinta-feira (9), em entrevista, que vai convidar o Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, para explicar por que o Itamaraty não foi ouvido no episódio dos boxeadores cubanos Guilhermo Rigondeaux e Erislandy Lara. Os atletas fugiram da delegação cubana durante os Jogos Pan-Americanos mas foram enviados de volta a Cuba.
A entrevista ocorreu ao final da reunião do senador, em seu gabinete, com o ministro (interino) das Relações Exteriores, Samuel Pinheiro Guimarães. Ao sair da reunião, Samuel Guimarães disse que o Itamaraty não tem competência para atuar nesse tipo de situação e não foi consultado sobre o assunto.
Minutos antes, a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) havia aprovado requerimento de Arthur Virgílio (AM) convidando o ministro da Justiça, Tarso Genro, para explicar o caso.
O requerimento que pedia a convocação dos ministros da Justiça e das Relações Exteriores foi transformado em convite somente ao ministro da Justiça, por sugestão do senador Eduardo Suplicy (PT-SP), e com a concordância do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) um dos autores do pedido.
Arthur Virgílio, quenão estava presente à reunião da CRE, disse que o ministro Celso Amorim deve explicar por que não foi consultado, "pois julgo que o Itamaraty deveria ter sido consultado no episódio", afirmou.
- Como pode o governo brasileiro tratar de um assunto que poderia causar abalo nas relações diplomáticas com outro país sem a presença do agente essencial da diplomacia que é o Itamaraty? - perguntou Arthur Virgílio.
O senador disse concordar que a responsabilidade efetiva maior no episódio dos boxeadores cubanos é do ministro da Justiça, Tarso Genro, que terá que explicar os fatos na CRE, mas insistiu que Celso Amorim deverá dar sua opinião sobre o fato de não ter sido consultado.
09/08/2007
Agência Senado
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