Arthur Virgílio registra mobilização de agricultores paranaenses contra invasões
O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) disse que os agricultores brasileiros não mais têm a quem recorrer e chegaram à exaustão, -de tanto ver a desordem predominar nas irresponsáveis invasões de propriedades agrícolas pelo Brasil adentro, de tanto ver triunfar a inação nos meios governamentais, que teriam a obrigação de manter a ordem e a lei-.
Apesar do quadro pessimista, o senador ainda vê -um fio de esperança- na tentativa de agricultores paranaenses que se reuniram no último dia 14 e elaboraram a Carta dos Campos Gerais, em que -exigem o cumprimento da Constituição federal, que garante o direito de propriedade no país, devendo qualquer ameaça a esse princípio ser penalizada conforme julgamento do Poder Judiciário-.
A carta é assinada pela Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), pela Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), por sindicatos de 13 municípios paranaenses, pela Associação Comercial, Industrial, Cultural e Agropecuária de Ponta Grossa (Acipg), pela Associação Comercial e Industrial de Guarapuava e diversos deputados federais e estaduais.
Arthur Virgílio destacou ainda outras exigências dos agricultores, como a instalação de CPI na Assembléia Legislativa do Paraná para investigar as invasões de terras; promoção, pelos governos estadual e federal, de um levantamento que faça um retrato exato dos assentamentos de terra existentes no Paraná e no Brasil; parceria do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) com o governo estadual para cadastrar os integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e analisar sua real aptidão para o setor agropecuário. Além disso, obrigar o MST a firmar identidade jurídica, para que seus possíveis atos ilícitos sejam submetidos a julgamento.
25/07/2003
Agência Senado
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