Arthur Virgílio vai propor redução do recesso do Congresso



O líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), informou que irá apresentar projeto de resolução para reduzir o período de recesso do Congresso, em razão dos resultados dessa convocação extraordinária, que ele avalia como pífios.

Arthur Virgílio disse que o móvel da convocação - a aprovação da PEC paralela da Previdência pela Câmara dos Deputados, como prometido pelo governo aos senadores - não aconteceu. A matéria poderia ter sido aprovada antes de 31 de dezembro, como o Orçamento, argumentou o senador.

Para ele, faltou sinceridade ao governo, que a seu ver não queria votar a PEC paralela e apresentou a proposta como uma manobra para enganar alguns senadores da base. Arthur Virgílio disse que houve "um jogo de empurra" do governo, que teria ficado jogando a Câmara contra o Senado e o Senado contra a Câmara, para não se chegar a conclusão alguma.

Esse processo foi entendido pelo senador como uma advertência, daí ele querer reduzir de 30 para 15 dias o recesso de julho e de 60 para 30 dias o recesso do final ao início de ano, que passaria, pelo seu projeto, de 15 de dezembro a 15 de fevereiro, para 20 de dezembro a 20 de janeiro.

No caso do Senado, Arthur Virgílio também avaliou que se avançou muito pouco e que não houve nada que justificasse a convocação. A reforma do Judiciário e a nova Lei de Falências, itens discutidos pela Casa, poderiam ter sido examinados no período de funcionamento normal do Congresso, na opinião do senador.

A medida provisória que muda o funcionamento do setor elétrico também não poderia ser votada de afogadilho, no seu entendimento. Ele observou que o Senado está inquieto com as alterações e que há impasse entre a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, e o relator, senador Delcidio Amaral (PT-MS).



13/02/2004

Agência Senado


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