Assembléia comemora o Dia do Pajador



As dependências do recém-criado Recanto Gaúcho da Assembléia Legislativa será palco das comemorações do Dia do Pajador, dia 30 de janeiro. O evento está inscrito no calendário oficial do Estado desde a sanção da lei 11.676, do deputado João Luiz Vargas(PDT), pelo governador Olívio Dutra, em 17 de outubro de 2001, que criou o Dia Estadual do Pajador. A data de 30 de janeiro foi escolhida para as comemorações em tributo ao precursor da arte, Jaime Caetano Braun que nasceu nesse dia em São Luiz Gonzaga.

O evento contará com a parceria da Famurs e Uvergs e a presença de pajadores uruguaios e argentinos como José Curbelo, uruguaio, e Marta Suint, argentina.

O deputado João Luiz acrescentou que o Legislativo gaúcho se incorpora às homenagens em sinal de apoio e incentivo “a essa vertente da arte nativista que nasceu na região missioneira e se consolidou em todo o Estado através da performance legendária de Jayme Caetano Braun”.

João Luiz é também autor da emenda constitucional nº 11 que em 1995 tornou oficial o feriado farroupilha de 20 de Setembro.

Pajador

A pajada tem o formato de versos improvisados em décimas que são estrofes reconhecidas a mais de quatrocentos anos, tendo surgido na Espanha através dos versos de Vicente Espinel.

A Argentina e o Uruguai já consagraram uma data para reverenciar as pajadas. Na Argentina foi escolhido o dia 23 de julho como o Dia do Pajador. O Uruguai comemora o Dia do Pajador em 24 de agosto. “O Rio Grande do Sul que é o berço nacional da pajada carecia de uma data para dedicar a essa arte”, justifica o deputado João Luiz.

O Pajador é o repentista que canta seus versos de improviso com o acompanhamento de milonga. No sul do Brasil, o pajador canta seus versos em Décima Espinela no estilo recitado e não tem acompanhamento musicalmente como nos países do Prata. Um músico de apoio executa a milonga para a pajada. Pajador, ou payador em espanhol quer dizer repentista. Alguns dizem que a origem da palavra vem de payo, nome do primitivo habitante de Castilla; outros que seria de pago ou pagueador e ainda há quem sugira que venha de palla, nome dado pelos Quichuas aos grupos de índios que sentavam nas praças a cantar. Há quem afirme que possa vir da palavra pajé, chefe espiritual dos indígenas, misto de sacerdote, médico e feiticeiro.



01/11/2002


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