Assembléia e tribunais vão intermediar crise na UFPel



Compor uma comissão com técnicos da Procuradoria da Assembléia Legislativa, do Tribunal de Contas da União, do Tribunal de Contas do Estado, um advogado tributarista, um economista e um representante dos movimentos dos professores, alunos e servidores foi o principal resultado da terceira reunião intermediada pelos parlamentares da Comissão de Educação, em Pelotas, com a direção da UFPel. Conforme o deputado Onyx Lorenzoni (PFL), a formação de uma comissão técnica e isenta foi a única alternativa encontrada para colocar os ranços políticos de lado e resolver, em um curto espaço de tempo, a crise instalada há três semanas na comunidade acadêmica e que culminou com o quebra-quebra na reitoria da Universidade. "Nós constatamos que a falta de sintonia entre os representantes dos movimentos e a reitoria é muito grande e, se dá principalmente, por divergências políticas e, ao colocarmos em um plano técnico o embasamento passa a ser jurídico", observa o presidente da Comissão de Educação. Os representantes dos alunos, professores e servidores, no entanto, não cederam com relação a proposta apresentada por eles, na última sexta-feira, na qual, a greve só seria suspensa se a reitoria suspendesse a cobrança do transporte universitária que desde março é realizado por empresas particulares do município. O vice-reitor, Paulo Nedel, reiterou a justificativa de que é impossível à UFPel voltar atrás e continuar mantendo a gratuidade do transporte, pois, estão impossibilitados pela falta de dotação orçamentária e por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal. Mesmo com estes entraves, os deputados Érico Ribeiro (PPB) e Edson Portilho (PT), consideram que houve avanço nas negociações, uma vez que, a direção da UFPel apresentou uma proposta com seis itens para melhorar a qualidade do ensino ofertado aos alunos e as condições de trabalho dos servidores. Entre eles, a ampliação de 10% na quantidade de auxílios moradias e o estudo de novas concessões de auxílio transporte para 400 servidores, ainda não contemplados, além da reorganização da estrutura dos quadros da Universidade. Por fim, Onyx observa que a apresentação de uma alternativa jurídica e legal para solucionar o impasse devolverá a normalidade ao campus e permitirá que ambos os lados avaliem até que ponto a discussão político-ideológica deve ser mantida em prejuízo do ano letivo.

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